"A pesquisadora do crime": notas antropológicas de uma arriscada observação participante com mulheres praticantes de atividades ilícitas

Autores

  • Luciana Ribeiro de Oliveira

Resumo

Este artigo tem o objetivo de relatar e analisar os fragmentos, as percepções e alguns questionamentos obtidos durante o trabalho de campo realizado pela autora para o seu estudo de doutoramento em antropologia. O texto aborda questões éticas e metodológicas de pesquisa com um grupo social específico: mulheres jovens praticantes de atividades ilícitas exercendo posição de liderança. Devido às características ilícitas do grupo pesquisado, mais do que uma explicitação dos métodos e das técnicas decorridas no estudo, seu foco de compreensão se volta principalmente para os dilemas éticos desse tipo de pesquisa, e também, para alguns limites no que diz respeito à realização do trabalho de campo e à divulgação dos resultados, com base principalmente nas leituras e análises realizadas por Clifford Geertz (1989; 2001; 2002) e Luís Roberto Cardoso de Oliveira (2010). O exercício do relativismo, a prática da observação participante, a condição de ilegalidade das práticas das interlocutoras, os riscos e medos enfrentados, os vínculos e permissões estabelecidas, as escolhas e os cuidados ético-metodológicos, as questões confidenciais envolvidas e suas implicações para a pesquisa norteiam toda a análise aqui apresentada que lança mão de uma lógica não vulnerabilizada da criminalidade feminina. Palavras-chave: Trabalho de campo. Mulheres Jovens. Praticantes de Atividades Ilícitas. Liderança Criminosa.

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Publicado

2013-03-04

Como Citar

Oliveira, L. R. de. (2013). "A pesquisadora do crime": notas antropológicas de uma arriscada observação participante com mulheres praticantes de atividades ilícitas. Caderno Espaço Feminino, 25(2). Recuperado de https://seer.ufu.br/index.php/neguem/article/view/21808

Edição

Seção

DOSSIÊ