Rever Antígona em 2084

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DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v40-2024-40

Palavras-chave:

Anacronismo, Justiça, Sófocles, Anouilh, Zambrano

Resumo

Antígona 2084  é uma produção do brasileiro Rubens Siqueira, escrita e levada à cena em 2013. Assenta numa estranha harmonia entre o modelo sofocliano e o que poderíamos chamar ficção científica situada em 2084. De onde se infere que o anacronismo é uma estratégia essencial no suporte da intriga. Dos diferentes motivos que alimentaram a Antígona de Sófocles, a tónica preferencial na versão brasileira é de natureza política. Creonte, como paradigma do ditador, ganha por isso uma grande visibilidade. Além de todas as suas pechas de tirano, uma se acrescenta em função do próprio suporte anacrónico da peça: o ‘mandatário da nação’ é um robot, que funciona por cabos e órgãos biónicos, carentes daquela humanidade que a técnica ameaça irremediavelmente.

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Biografia do Autor

Maria de Fátima Silva, Universidade de Coimbra

Professora Catedrática jubilada da FLUC, área dos Estudos Clássicos. A sua investigação centra-se nos Estudos Gregos, em particular no Teatro, Historiografia, Tratados Científicos. Mais recentemente tem dedicado boa parte da sua atividade aos Estudos de Recepção. É autora de numerosas traduções e estudos sobre estas áreas preferenciais. Mantém um contacto assíduo com centros de excelência, nomeadamente em Atenas e em Oxford. Foi distinguida, na sua primeira edição, com o Prémio de Investigação Internacional, concedido pela FLUC.

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Publicado

2024-12-11

Como Citar

SILVA, M. de F. Rever Antígona em 2084. Letras & Letras, Uberlândia, v. 40, n. suplementar, p. e3840 | p. 1–21, 2024. DOI: 10.14393/LL63-v40-2024-40. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/72658. Acesso em: 12 dez. 2024.

Edição

Seção

Recepção em outras artes

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