Juventude Estudantil e Autoritarismo aos olhos da Imprensa do Triângulo Mineiro (1964-1969)
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Resumo
Este artigo tem como principal objetivo identificar as representações mais expressivas veiculadas pela imprensa do Triângulo Mineiro sobre as ações e ideários políticos existentes entre a juventude estudantil frente ao autoritarismo da década de 1960. Privilegiou-se o recorte temporal dos anos iniciais da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1969) por conta de terem sido marcados por grande efervescência política e sociocultural, acompanhada e registrada com proximidade pelos jornais de todo o país e, neste estudo em específico, enfocou-se os veículos Cidade de Ituiutaba e Correio do Triângulo (Ituiutaba); Correio de Uberlândia e Tribuna de Minas (Uberlândia) e Correio Católico e Lavoura e Comércio (Uberaba). Observaram-se mais aproximações do que diferenças na narrativa produzida por estes veículos em relação às representações construídas em torno dos estudantes, apresentados como cidadãos comprometidos com a “ordem e o progresso”, e não com a “baderna” que ameaçava o status quo vigente. Assim, os jornais atuaram entre dois polos indo da adesão imediata ao regime autoritário até a contestação discreta de suas ações violentas contra os estudantes, construindo narrativas e simbolismos da realidade local, visando manipulá-la e transformá-la de acordo com os interesses dos grupos mantenedores desta imprensa.
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