Da “educação como salvação” à “crise da escola”: notas sobre a história da instituição escolar

Conteúdo do artigo principal

Ana Paula Sampaio Caldeira

Resumo

Este texto tem como objetivo analisar dois discursos que marcam a representação da escola como instituição social. O primeiro deles, formulado a partir de uma percepção iluminista do saber, construiu um olhar positivo sobre a instituição escolar, considerando-a “antídoto” para os males sociais. O segundo, fortemente em voga hoje, percebe a escola como uma instituição superada e “em crise”. Procuraremos mostrar que estes dois discursos buscam responder a uma mesma pergunta, que poderia ser formulada nos seguintes termos: qual o papel da educação para a superação dos problemas nacionais?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Caldeira, A. P. S. . (2020). Da “educação como salvação” à “crise da escola”: notas sobre a história da instituição escolar. Cadernos De História Da Educação, 20(Contínua), e001. https://doi.org/10.14393/che-v20-2021-1
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Ana Paula Sampaio Caldeira, Universidade Federal de Minas Gerais (Brasil)

https://orcid.org/0000-0001-8313-1062
http://lattes.cnpq.br/7610875290864546
anapaula.sampaiocaldeira@gmail.com

Referências

ALBUQUERQUE, Durval. Por um ensino que deforme: o futuro da prática docente no campo da história. In: O tecelão dos tempos (novos ensaios de teoria da história). São Paulo: Intermeios, 2019. p.233-244.

ARENDT, Hannah. A crise na educação. In: Entre o passado e do futuro. São Paulo: Perspectiva, 2005. p.221-247.

BARBOSA, Luciane. Homeschooling no Brasil: ampliação do Direito à educação ou via de privatização? Educ. Soc., Campinas, v.37, n.134, p.153-168, jan.-mar., 2016. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302016157215

BOMENY, Helena. Os intelectuais na educação. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

BOTO, Carlota. A escola do homem novo. Entre o Iluminismo e a revolução Francesa. São Paulo: Unesp, 1996.

CHARTIER, Anne-Marie. Paradoxos da obrigatoriedade escolar. In: VIDAL, Diana; SÁ, Elizabeth Figueiredo de e SILVA, Vera Lucia Gaspar da (Orgs.). Obrigatoriedade escolar no Brasil. Cuiabá: EdUFTM, 2013. p. 421-438.

CURY, Carlos Jamil. Educação escolar e educação no lar: espaços de uma polêmica. Educ. Soc., Campinas, v.27, n.96 - Especial, p.667-688, out.2006. https://doi.org/10.1590/S0101-73302006000300003

FARIA FILHO, Luciano Mendes de. No Brasil recém-independente: o império da lei e a necessidade da escola. In: Educação pública: a invenção do presente. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. p.37-42.

GONDRA, José Gonçalves. Instrução, intelectualidade, império: apontamentos a partir do caso brasileiro. In: VAGO, Tarcísio et all. Intelectuais e escola pública no Brasil. Séculos XIX e XX. Belo Horizonte: Mazza, 2009, p. 47-78.

GONTIJO, Rebeca. Manoel Bomfim. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, editora Massangana, 2010.

LAVAL, Christian. A escola não é uma empresa. O neoliberalismo em ataque ao ensino público. São Paulo: Boitempo, 2019.

MASSCHELEIN, Jan e SIMONS, Maarten. Em defesa da escola. Uma questão pública. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.

MOLLIER, Jean-Yves. A leitura e seu público no mundo contemporâneo. Ensaios sobre história cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

MORAES, Lívia. Ciências sociais e intelectualidade: ciência, educação e política. Educ. Pesqui., São Paulo, v.42, n.2, p.395-409, abr./jun.2016. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201606140748

SCHORSKE, Carl. Pensando com a História. São Paulo: Cia das Letras, 2000.

SIBILIA, Paula. Redes ou paredes. A escola em tempos de dispersão. Rio de Janeiro: Contraponto, 2012.

SIRINELLI, Jean François. Os intelectuais. In: RÉMOND, René. Por uma História Política. Rio de Janeiro: Fundação FGV, 2003. p.231-270.

SOARES, Gabriela Pellegrino. Semear Horizontes. Uma história da formação de leitores na Argentina e no Brasil, 1915-1954. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

VIDAL, Diana; SÁ, Elizabeth Figueiredo de e SILVA, Vera Lucia Gaspar da (Orgs.). Obrigatoriedade escolar no Brasil. Cuiabá: EdUFTM, 2013.