Livro escolar – adaptação e tradução no Portugal de Oitocentos: do ‘aprender pelo livro’ ao ‘mestre-livro’
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Résumé
O livro está na base da cultura escolar. Ordena o conhecimento e a acção pedagógico-didáctica. É razão, representação e memória do educacional escolar. Na produção, na tradução e adaptação, na circulação e formas de acesso, na utilização e na apropriação, o livro escolar tem características distintivas do livro em geral. No decurso do século XVIII, enquadradas pela Ilustração e pela Revolução Ocidental, surgiram recomendações e orientações sobre o que deveria ser um livro escolar. Associado a novas práticas leitoras – aprender pelo livro e mestre-livro, o livro escolar foi ganhando configuração, autoria e propriedade editorial. Para final de Oitocentos, conjuntamente com o periódico e beneficiado de melhorias tipográficas, o livro escolar tornou-se um meio de aculturação de massas. Neste estudo, far-se-á referência a aspectos comuns e transversais, e a aspectos específicos do livro escolar, designadamente na composição, na disciplina leitora, no discurso, na autoria, na tradução, na adaptação, na circulação.
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