Francisco Alves da Silva Castilho: um professor na invenção da Escola Brasileira oitocentista
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Résumé
Neste artigo analisamos aspectos da trajetória de um professor público primário da Corte, Francisco Alves da Silva Castilho, que lecionou por aproximadamente 38 anos (1849-1887), com intuito de propiciar uma reflexão acerca dos diferentes papéis desempenhados pela docência na invenção da “Escola brasileira” Oitocentista e do próprio magistério. Castilho tornou-se autor de livros, escreveu em periódicos, participou de Conferências Pedagógicas e de associações que indicam diferentes modos de inserção na sociedade. O estudo usa as contribuições de Antonio Nóvoa, Escolano Benito e Edward Thompson no que se refere ao processo de profissionalização docente; à configuração da história escolar e do magistério; e ao conceito de experiência, para se pensar a constituição da trajetória docente. A investigação utilizou documentos manuscritos do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, relatórios da Inspetoria Geral de Instrução, manuais escolares e periódicos localizados na Biblioteca Nacional.
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