Norte e Sul, Centro e Periferia

a projeção cartográfica como estratégia discursiva do poder colonial

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/HTP-v1n2-2019-49326

Palavras-chave:

Análise do Discurso, Cartografia, Discurso

Resumo

Realizamos uma breve reflexão acerca da projeção Mercator, a projeção cartográfica mais utilizada no mundo desde o século XVI, como como um enunciado comandado por interesses político-econômicos que regem as relações de poder desde o período de expansão colonial europeia até a atualidade. As divisões norte e sul, centro e periferia, se manifestam como função enunciativa de um dispositivo estratégico do poder colonial, a partir de arranjos de linhas de forças que instauram programas de verdade. As reflexões presentes neste artigo têm por pretensão realizar uma análise arquegenealógica pautada no pensamento de Michel Foucault (1996; 1997; 2014), a fim de apreender os arranjos que emergem das relações de poder expressas na historicidade do enunciado em questão.

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Biografia do Autor

Daniel Perico Graciano, Universidade Federal de São Carlos

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos (PPGL/UFSCar).

Livia Beatriz Damaceno, PPGL UFSCar

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal de São Carlos (PPGL/UFSCar).      

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Publicado

2019-12-18

Como Citar

GRACIANO, D. P.; BEATRIZ DAMACENO, L. Norte e Sul, Centro e Periferia: a projeção cartográfica como estratégia discursiva do poder colonial. Revista Heterotópica, [S. l.], v. 1, n. 2, p. 19–32, 2019. DOI: 10.14393/HTP-v1n2-2019-49326. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/49326. Acesso em: 23 jul. 2024.