Formação discursiva e constituição da reexistência
a fala feminina negra no discurso midiático em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.14393/HTP-v3n1-2021-59156Palavras-chave:
Discurso, Reexistência, MídiaResumo
Este artigo tem por objetivo analisar a constituição da reexistência por meio da fala feminina negra inscrita na formação discursiva midiática. Para tanto, ancora-se nas formulações teóricas da Análise do Discurso (AD) de vertente francesa, nas contribuições foucaultianas e em diálogo com os estudos étnico-raciais descoloniais. Na análise, recorremos a três enunciados coletados de um portal brasileiro de notícias on-line, em que uma mulher negra, mãe e empregada doméstica é entrevistada durante a pandemia de covid-19. Os resultados apontam para uma fala feminina negra entre a desigualdade, preconceito, discriminação e que encontra lugares de reexistência negra possível no enfrentamento às opressões. Concluímos que o discurso midiático inserido em formações discursivas reatualiza as memórias acerca dos modos de viver e morrer de grupos étnico-raciais na contemporaneidade.
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