ENSINANDO GEODIVERSIDADE A PARTIR DE JOGOS DIDÁTICOS
DOI:
https://doi.org/10.14393/REG-v8-2017-78679Palabras clave:
Educação Ambiental, Geociências, Jogos, io ambienteResumen
O ensino e a divulgação das geociências é pouco disseminado não só no âmbito escolar, mas também para a sociedade em geral. Dentre as geociências está inserida a geodiversidade, que teve seu conceito introduzido na década de 90 e vem crescendo nacionalmente e internacionalmente. No entanto, diferente da biodiversidade que é amplamente divulgada em toda sociedade, a geodiversidade até hoje é desconhecida por grande parte da população, mesmo se sabendo que seu estudo é importante para o entendimento dos processos da evolução e dinâmica da Terra. A inserção da Educação Ambiental na divulgação da geodiversidade pode evidenciar os aspectos abióticos muitas vezes esquecidos. Esse trabalho tem por objetivo inserir a temática geodiversidade em sala de aula através de uma metodologia mais alternativa: uma aula didática explicativa, porém mais dinâmica, e um jogo de tabuleiro, este ilustrando os elementos da geodiversidade (rochas, minerais, fósseis, formas de relevo, solos) e alguns locais com potencial geoturístico e maior visibilidade no Estado da Paraíba, tais como: Vale dos Dinossauros, Lajedo Pai de Mateus, Pedra da Boca, Pedra do Ingá e as Falésias do Cabo Branco; e por fim, verificar se a metodologia aplicada se apresenta como uma ferramenta facilitadora de aprendizagem. Espera-se contribuir, desse modo, para o ensino-aprendizagem dos alunos de uma forma prazerosa e divertida, despertando assim, a curiosidade e o interesse em aprender sobre geodiversidade e geociências. Para a obtenção dos dados utilizados na pesquisa, foi realizada uma visita na Escola Municipal Antonia Luna Lisboa, localizada no município de Rio Tinto-PB, na qual foram postas em prática as atividades. Para validar o jogo e a aula foi feita uma análise através de questionários, utilizando um pré-teste para avaliar o conhecimento prévio dos alunos e um pós-teste para averiguar se a metodologia aplicada em cada sala de aula contribuiu de maneira significativa como ferramenta para o ensino da geodiversidade. As metodologias aplicadas foram bem aceitas pelos alunos, os quais demonstraram interesse em aprender. Depois de aplicados a aula e o jogo, verificou-se que as respostas dos questionários pós-teste foram mais satisfatórias e contribuíram significativamente para o conhecimento-aprendizagem dos alunos. A partir da análise dos resultados, constatou-se que novas alternativas pedagógicas são necessárias para o estímulo e aprendizagem dos alunos. A utilização de jogos pode e deve ser usada como recurso pedagógico, de modo que os alunos aprendem brincando. Aulas mais interativas com uso de slides com imagens também contribuem para o ensino-aprendizagem dos alunos.
Referencias
AZEVEDO, Ú. R. Patrimônio geológico e geoconservação no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais: potencial para a criação de um geoparque da UNESCO. 2007. 211f. Tese (Doutorado em Geociências) – Instituto de Geociências, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.
BARCELOS, V. Educação ambiental: sobre princípios, metodologias e atitudes. Petrópolis: Vozes, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf>. Acesso em: 07 mar. 2014.
BRASIL. Presidência da Republica Casa Civil Subchefia para Assuntos jurídicos. Lei N° 11.724. Diário oficial da União, Brasília, 2006. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/l11274.htm. Acesso em: 08 mar. 2014.
BRASIL. Lei N° 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/lei9795.pdf >. Acesso em: 08 mar. 2014.
BRASIL. Decreto nº 23.832, de 27 de dezembro de 2002, cria o Monumento Natural Vale dos Dinossauros e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF. 2002. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/diarios/56168326/doepb-24-05-2013-pg-8>. Acesso em: 15 abril. 2014.
BREDA, T. V.; PICANÇO, J. L. A Educação Ambiental a partir de jogos: aprendendo de forma prazerosa e espontânea. In: II SEAT – Simpósio de Educação Ambiental e Transdisciplinaridade. Anais... UFG / IESA / NUPEAT - Goiânia, 2011.
BRITO, V. B. Welcome to Inga!: “Atividade turística local e as ações públicas preservacionistas na Pedra do Ingá”. Revista do curso de História, Alpharrábios, UEPB, Campina Grande, n. 1, v. 2, 2008.
CAVALCANTE, M. B. Parque Estadual da Pedra da Boca (Araruna-PB): uma avaliação sobre as atividades turísticas e as ações de gestão territorial. 2012. 146 f. Dissertação (Mestrado em Geografia). Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2012.
CAVALCANTE, M. B.; PERAZZO, A. R. F. Potencialidades ecoturísticas do Estado da Paraíba: o Lajedo de Pai Mateus, Cabaceiras-PB. In: XVII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e VII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica Júnior, 2013, São José dos Campos. Anais do XIII EPG. UNIVAP: São José dos Campos, 2013, v. 1, p. 1-4.
CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente. Resolução nº 302, de 20 de março de 2002. Publicada no Decreto nº 90, de 13 de maio de 2002, Seção 1, páginas 67-68 Áreas protegidas – Áreas de Preservação Permanente. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/legislacao/CONAMA_RES_CONS_2002_302.pdf>. Acesso: 25 jun 2014.
EVANGELISTA, A.; SILVA, A. M. V.; SANTOS, E. M. P. B.. Jogos e geografia: Dominando as eras geológicas. In: 14 EGAL- Encuentro de Geógrafos de América Latina. Reencuentro de Saberes Territoriales Latinoamericanos. Anais… Lima-Peru, 2013.
HENRIQUE, S. Jogos Didáticos em Paleontologia no Ensino de Ciências, 2009. 53f. Monografia (Especialização em Ciências)- Departamento de Ensino de Ciências, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2009.
LEONARDI, G.; CARVALHO, I. S. Icnofósseis da Bacia do Rio do Peixe, PB. In: SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D.A.; QUEIROZ, E.T.; WINGE, M.; BERBERT-BORN, M.L.C. (eds.). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília: DNPM/CPRM/SIGEP, 2002.
LOPES, O. R.; CARNEIRO, C. D. R. C. O jogo “Ciclo das Rochas” para ensino de Geociências. Revista Brasileira de Geociências, 39(1): p. 30- 41, 2009. Disponível em: <http://ppegeo.igc.usp.br/pdf/rbg/v39n1/v39n1a03.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2014.
NASCIMENTO, J. N.; CONFESSOR, M. G. V.; VELEZ, W. M.; FREIRE, C. S.; ALVES, J. J. A. Falésias do Cabo Branco – PB: Um estudo dos riscos cindinológicos. In: XII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica e VIII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação. 2008. Anais... Disponível em: <http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2008/anais/arquivosINIC/INIC0898_02_A.pdf >. Acesso em: 01/08/2014.
PARAÍBA. Decreto Governamental nº 20.889 de 7 de fevereiro de 2000. Cria o Parque Estadual da Pedra da Boca, e dá outras providências. Disponível em: < http://www.sudema.pb.gov.br/legis_files/decreto20889.html>. Acesso em: 16 abril. 2014.
RUSS, B. R, & NOLASCO, M. C. Revelando a Geodiversidade Através da Educação Ambiental: Percepção de Estudantes Sobre o Geossítio Manga do Céu. Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ. Rio de Janeiro, v. 35-1, 2012. Disponível em: <http://www.anuario.igeo.ufrj.br/2012_1/2012_1_271_280.pdf>. Acesso em: 02 jul. 2014.
SANTOS, L. M. A importância de práticas de ensino criativas na educação ambiental. VII Enpec Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Anais... Florianópolis, 2009.
SILVA, E. G. Conservação ambiental do patrimônio geológico do município de Gurjão, PB. 102f. Monografia (Graduação em Ecologia) - Centro de Ciências Aplicadas e Educação, Universidade Federal da Paraíba, Rio Tinto, 2011.
SILVESTRE, L. C. FARIAS, D. L. S., LOURENÇO, J. D. S., BARROS, S. C. A., BRAGA, N. M. P.; Diagnóstico dos Impactos Ambientais Advindo de Atividades Antrópicas na APA da Barra do Rio Mamanguape. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 7, n. 12, 2011.
SOUSA, D. C.; SÁ, E. F. J.,;VITAL, H.; NASCIMENTO, M. A. L. Falésias na Praia de Ponta Grossa, Icapuí, CE - Importantes deformações tectônicas cenozóicas em rochas sedimentares da Formação Barreiras. In: SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D.A.; QUEIROZ, E.T.; WINGE, M.; BERBERT-BORN, M.L.C. (eds.). Sítios Geológicos e Paleontológicos do Brasil. Brasília: DNPM/CPRM/SIGEP, 2008.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os conteúdos publicados na Revista de Ensino de Geografia estão licenciados sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).
Isso significa que os autores mantêm os direitos autorais sobre seus trabalhos, permitindo o compartilhamento, adaptação, distribuição e reprodução em qualquer meio ou formato, desde que seja dado o devido crédito à autoria original e à fonte da publicação.
Para mais informações sobre esta licença, acesse: https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/


