CARTOGRAFIA ESCOLAR E GEOGRAFIA: UMA LINGUAGEM PARA COMPREENDER O ESPAÇO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Autores

  • Leandra de Lourdes Rezende Amaral Universidade Federal de Uberlândia (UFU) https://orcid.org/0000-0002-1104-037X
  • Miriellen Augusta da Assunção Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM)

DOI:

https://doi.org/10.14393/REG-v10-2019-76730

Palavras-chave:

Linguagem Cartográfica, Espacialização do Sujeito, Criticidade

Resumo

Este artigo apresenta resultados obtidos na pesquisa de dissertação – “A formação do professor para os anos iniciais do ensino fundamental e a Geografia” 2018, com apoio da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) – e amplia os debates acerca das atividades de cartografia escolar aplicada à disciplina Geografia nos anos iniciais do ensino fundamental em escola municipal de Uberlândia. A pesquisa dedicou-se em trabalhar com uma abordagem qualitativa e como método interpretativo pautou-se no Materialismo Histórico Dialético. Desse modo, o presente trabalho não tem o intuito de apresentar um passo a passo de como se trabalhar com a linguagem cartográfica, mas, objetiva ampliar os debates quanto à forma com que essa linguagem vem sendo trabalhada, em muitos momentos, de forma equivocada. Para tal, é necessário que reconheçamos a importância da Geografia desde os anos iniciais e avancemos na concepção que a linguagem escolar não é uma simplificação da linguagem científica e que devemos mediar a linguagem respeitando tempos e espaços, bem como as convenções cartográficas, quando trabalhamos com tal linguagem. Assim, linguagem gráfica e cartográfica, quando utilizada conscientemente respeitando suas condições, muito contribui para a espacialização do sujeito, bem como amplia sua criticidade e concepção de mundo.

Biografia do Autor

  • Leandra de Lourdes Rezende Amaral, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

    Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Mestra e Licenciada em Geografia pela UFU/Uberlândia.

  • Miriellen Augusta da Assunção, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM)

    Docente do Instituto Federal do Triângulo Mineiro/ Uberlândia. Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Mestra em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU); Graduada em Engenharia de Produção pela Uniminas/Uberlândia.

Referências

ALMEIDA, R. D. de; ALMEIDA, R. A. de. Fundamentos e perspectivas da cartografia escolar no Brasil. Revista Brasileira de Cartografia, n. 66/4, 2014, p. 885-897.

AMARAL, L. de L. R. A formação do professor para os anos iniciais do ensino fundamental e a Geografia. 2018. 123 p. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.

CALLAI, H. C. O estudo do município ou a geografia nas series iniciais. In: CASTROGIOVANNI, A. C. [et al.] (Org.). Geografia em sala de aula: práticas e reflexões/– 4.ed. – Porto Alegre: Editora da UFRGS/Associação dos Geógrafos Brasileiros – Seção Porto Alegre, 2003, p. 77-82.

_____________. Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, maio/ago. 2005.

_____________. A Geografia ensinada: os desafios de uma educação geográfica. In: MORAIS, E. M. B. de; MORAES, L. B. de. (Org.). Formação de professores: conteúdos e metodologias no ensino de Geografia /– Goiânia: NEPEG, 2010 (Goiânia: E.V.) p.15-38.

CASTELLAR, S. Ensinar Geografia por meio da Cartografia Escolar: o raciocínio espacial. In: RABELO, K. S. de P.; BUENO, M. A. (Org.). Currículo, políticas públicas e ensino de geografia. Goiânia: Ed. Da PUC Goiás, 2015, p. 195-212.

DUARTE, N. Concepções afirmativas e negativas sobre o ato de ensinar. Cad. Cedes, Campinas, v. 19, n. 44, abril 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32621998000100008> Acesso em: 10/07/2017.

___________. O debate contemporâneo das teorias pedagógicas. In: MARTINS, L. M.; DUARTE, N. (Org.). Formação de professores: limites contemporâneos e alternativas necessárias. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2010, p. 33-49.

FARIAS, P. S. C. Os limites e as possibilidades do ensino da cartografia escolar nas primeiras séries do ensino fundamental. Revisa GeoSertões (Unageo/CFP-UFCG), v. 1, n. 1, p. 57-73, jan./jun. 2016.

PASSINI, E. Y. Aprendizagem significativa de gráficos no ensino de geografia. In: ALMEIDA, R. D. de (Org.). Cartografia Escolar. São Paulo: Ed. Contexto, 2008, p.173-191.

_____________. PASSINI, R.; MALYSZ, S. T. (Org.). Práticas de ensino de Geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.

SIMIELLI, M. E. O mapa como meio de comunicação e a alfabetização cartográfica. In: ALMEIDA, R. D. (Org.). Cartografia Escolar. 1. ed. São Paulo: Contexto, 2008, p. 71-94.

SANTOS, F. dos; FECHINE, J. A. L. A cartografia escolar e sua importância para o ensino de Geografia. Caderno de Geografia, v. 27, n. 50, p. 500-515, 2017.

Downloads

Publicado

31-03-2020

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

CARTOGRAFIA ESCOLAR E GEOGRAFIA: UMA LINGUAGEM PARA COMPREENDER O ESPAÇO NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. Revista de Ensino de Geografia, Uberlândia, v. 10, n. 19, p. 3–17, 2020. DOI: 10.14393/REG-v10-2019-76730. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistadeensinodegeografia/article/view/76730. Acesso em: 26 dez. 2025.