Educação quilombola em Paracatu (MG)

o papel da extensão e da pesquisa na Universidade Federal de Uberlândia (2016-2017)

Autores

  • Lara Luisa Silva Franco Secretaria de Educação de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.14393/REE-v18n22019-49263

Palavras-chave:

Comunidade quilombola, Pesquisa e extensão universitária

Resumo

Este artigo é fruto de uma dissertação de mestrado desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Aborda a efetivação das Diretrizes Curriculares para a Educação Escolar Quilombola dentro da comunidade remanescente de quilombo São Domingos, em Paracatu, Minas Gerais. Trata-se de estudo qualitativo, etnográfico e interligado à pesquisa-ação, para o qual foram utilizadas as técnicas de revisão bibliográfica, análise documental e entrevistas. Os procedimentos metodológicos constam da atuação inicial da pesquisadora em campo, coordenando o projeto de extensão denominado “Estágio Interdisciplinar de Vivência Quilombola”. Este artigo ressalta uma das contribuições mais importantes da dissertação, descrevendo o papel da universidade no cumprimento de uma das metas da política de extensão e do Plano Nacional de Pós-Graduação e sua contribuição para a justiça social no país diante da necessidade de ampliar os direitos das comunidades quilombolas, inclusive a educação escolar. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o número 61090516.3.0000.5152.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lara Luisa Silva Franco, Secretaria de Educação de Minas Gerais

Mestra em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil; orientadora educacional efetiva na Secretaria de Educação de Minas Gerais, professora da Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Abaeté, Minas Gerais, Brasil.

Referências

ARRUTI, J. M. P. A. Mocambo: antropologia e história do processo de formação quilombola. Bauru: EDUSC, 2006.

BARBIER, R. A pesquisa-ação. Tradução de Lucie Didio. Brasília: Liber Livro, 2004.

BOURDIEU, P. A miséria do mundo. 17. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 27883, 23 dez. 1996.

BRASIL. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 10 jan. 2001.

BRASIL. Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 10 jan. 2003a.

BRASIL. Lei nº 4.887, de 20 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 4, 21 nov. 2003b.

BRASIL. Resolução nº 8, de 20 de novembro de 2012. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 21 nov. 2012.

BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 26 jun. 2014.

CARBONARI, M. E. E.; PEREIRA, A. C. A extensão universitária no Brasil, do assistencialismo à sustentabilidade. Revista de Educação, Londrina, v. 10, n. 10, p. 23-28, 2007.

CARNEIRO, S. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero. Geledés: Instituto da Mulher Negra, São Paulo, 6 mar. 2011. Disponível em: https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/. Acesso em: 13 out. 2019.

DIONNE, H. A pesquisa-ação para o desenvolvimento local. Brasília, DF: Líber Livro, 2007.

EULÁLIO, W. E. S. As implicações do processo de nucleação das escolas rurais de Montes Claros (1997-2013): contradições, desafios e perspectivas. 2014. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2014.

FORPROEXT –FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS BRASILEIRAS. Plano Nacional de Extensão Universitária. Belo Horizonte: UFMG, 2001.

FRANCO, L. L. S. G. O currículo escolar e a preservação da identidade na Comunidade Quilombola São Domingos. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Universidade Federal de Montes Claros, Paracatu, 2008.

GADOTTI, M. Extensão universitária: para quê? Instituto Paulo Freire. 15 fev. 2017. Disponível em: https://cirandas.net/instituto-paulo-freire/blog/extensao-universitaria-para-que. Acesso em: 13 out. 2019.

GOHN, M. G. Empoderamento e participação da comunidade em políticas sociais. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 20-31, maio/ago. 2004. Doi: 10.1590/S0104-12902004000200003.

GELEDÉS – INSTITUTO DA MULHER NEGRA. Guia de enfrentamento do racismo institucional. São Paulo: Ibraphel, 2017.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GRADUANDOS DA UFU visitam quilombo do São Domingos. 2016. 1 vídeo (3’57 min). Publicado pelo canal MB News. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pr32YYFg35c&list=PL_wxDaoI7AdkgsRcrtc2Pzv8hqncqL4Xx. Acesso em: 17 out. 2019.

GUSMÃO, N. M. M. Herança Quilombola: negros, terras e direitos. In: BARCELAR, J.; CAROSO, C. (org.). Brasil: um país de negros? Rio de Janeiro: Pallas; Salvador: CEAO, 1999.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. D. A. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

NASCIMENTO, M. B. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. Afrodiáspora, Rio de Janeiro, ano 3, n. 6-7, p. 41-49, 1985.

NASCIMENTO, A. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. Brasília, DF: Fundação Cultural Palmares; Rio de Janeiro: OR, 2002.

O’DWYER, E. C. A construção da várzea como problema social na região do Baixo Amazonas. In: LIMA, D. (org.). Diversidade socioambiental nas várzeas dos rios Amazonas e Solimões: perspectivas para o desenvolvimento da sustentabilidade. Manaus: Ibam; ProVárzea, 2005.

PACHECO, L. A pedagogia Griô: educação, tradição oral e política da diversidade. São Paulo: Diversitas: Edusp, 2006.

RATTS, A. Eu sou Atlântica: sobre a trajetória de vida de Beatriz Nascimento. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo; Instituto Kuanza, 2007.

SANTOS, B. S. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória da universidade. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

SILVA, V. J. Quilombo de São Domingos: história e identidade étnica 1980-2010. 2010. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade de Brasília, Brasília, 2010.

SODRÉ, J. Da diabolização à divinização: a criação do senso comum. Salvador: Edufba, 2010. v. 1.

THEODORO, H. Mulher negra, cultura e identidade. In: NASCIMENTO, E. (org.). Guerreiras de natureza. São Paulo: Selo Negro, 2008. p. 85-95.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez/Autores Associados, 1998. (Coleção Temas Básicos de Pesquisa-Ação).

TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443-466, set.-dez. 2005. Doi: 10.1590/S1517-97022005000300009.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

Downloads

Publicado

22-01-2020

Como Citar

FRANCO, L. L. S. Educação quilombola em Paracatu (MG): o papel da extensão e da pesquisa na Universidade Federal de Uberlândia (2016-2017). Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 18, n. 2, p. 76–103, 2020. DOI: 10.14393/REE-v18n22019-49263. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revextensao/article/view/49263. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais