Diálogos sobre sexualidade em orientação profissional:
revisão de literatura e propostas de atuação
Palavras-chave:
Orientação Profissional, Sexualidade, Papel de Gênero, TrabalhoResumo
Este artigo relata uma revisão sistemática da literatura realizada para investigar como é abordada a sexualidade na prática da Orientação Profissional (OP). Foram utilizados os descritores “orientação”, “profissional”, “sexual”, “sexualidade” e “identidade” nas bases Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC). Dez artigos foram analisados e encaixados nas seguintes categorias: 1) Gênero: representações do feminino e do masculino na escolha/vivência de profissões; 2) Preconceito diante de profissionais homossexuais; 3) Profissionais da saúde como responsáveis pela área da sexualidade. Conclui-se que há poucos estudos com evidente intersecção entre sexualidade e OP, embora as relações encontradas possam estimular orientadores profissionais a enriquecerem suas práticas. Diante das limitações encontradas, este trabalho também sugere propostas de como pode ser inserida a dimensão da sexualidade na prática da orientação profissional.
Downloads
Referências
Abramovay, M., Castro, M. G., & Silva da, L. B. (2004). Juventude e sexualidade. Brasília, DF: UNESCO. Recuperado de https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/unesco/juventudes_e_sexualidade_2004.pdf
Acuña, J. T., & Feijó, M.R. (2019). Desenvolvimento do autoconhecimento em Orientação Profissional: possibilidades práticas. In Feijó, M. R., Goulart Júnior, E., Campos, D. C., Cardoso, H. F., & Camargo, M. L. (Orgs.) Primeiros passos na atuação profissional do psicólogo em orientação profissional e de carreira e psicologia organizacional e do trabalho (p. 15-31). Araraquara, SP: Letraria. doi: https://doi.org/10.38034/nps.v29i68.518
Aguiar, F. H. R. & Conceição, M. I. G. (2012). Análise da produção científica em orientação profissional: tendências e velhos problemas. Psico-USF, 17 (1), 97-107. doi: https://doi.org/10.1590/S1413-82712012000100011
Almeida, M. E. G. G., & Pinho, L. V. (2008). Adolescência, família e escolhas: implicações na orientação profissional. Psic. Clin., 20(2), 173-184. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-56652008000200013
Altmann, H. (2013). Diversidade sexual e educação: desafios para a formação docente. Sexualidad, Salud y Sociedad, 1(13), 69-82. doi: https://doi.org/10.1590/S1984-64872013000100004
Andrade, J. M., Meira, G. R. J. M., & Vasconcelos, Z. B. (2002). O processo de orientação vocacional frente ao século XXI: perspectivas e desafios. Psicologia: Ciência e Profissão, 22(3). doi: https://doi.org/10.1590/S1414-98932002000300008
Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. (Luis Antero Reto e Augusto Pinheiro Trad.). São Paulo, SP: Edições 70.
Bendassolli, P. (2009). Psicologia e Trabalho: apropriações e significados. São Paulo, SP: Cengage Learning. https://doi.org/10.1590/S1415-65552010000500016
Bock, S. (2001). Orientação profissional: avaliação de uma proposta de trabalho na abordagem sócio-histórica. (Dissertação de Mestrado em Psicologia, Universidade Estadual de Campinas). Recuperado de http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_d5224a5fe0af274ebaf01f46ba7eb1a8
Bock, S. D, & Bock, A. M. B. (2005). Orientação profissional: uma abordagem sócio-histórica. Revista Mexicana de Orientación Educativa, 3(5), 2-17.
Bozon, M. (2004). Sociologia da Sexualidade. (Maria de Lourdes Menezes Trad.). Rio de Janeiro: Editora FGV.
Brêtas, J. R. S., Ohara, C. V. S., & Querino, I. D. (2008). Orientação sobre sexualidade para estudantes de enfermagem. Acta Paul Enferm, 21(4), 568-574. doi: https://doi.org/10.1590/S0103-21002008000400006.
Brêtas, J. R. S., & Pereira, S. R. (2007). Projeto de extensão universitária: um espaço para formação profissional e promoção da saúde. Trabalho, Educação e Saúde, 5(2). doi: https://doi.org/10.1590/S1981-77462007000200008.
Brêtas, J. R. S., & Silva, C. V. (2002). Interesse de Escolares e Adolescentes sobre Corpo e Sexualidade. Revista Brasileira de Enfermagem, 55(5), 528-534. doi: https://doi.org/10.5935/0034-7167.20020069.
Cabaldi, A. N., Lübke, C. A, Freitas, D. H. H., & Alves, T. M. N. (2012). O elemento feminino nas relações de poder. In Ribeiro, P. R. C., Costa, A. L. C., & Barros, S. C. (Orgs.), Gênero e diversidade na escola: saberes em diálogo na educação à distância (pp. 122-124). Rio Grande, RS: FURG.
Costa, A. B., Zoltowski, A. P. C., Koller, S. H., & Teixeira, M. A. P. (2015). Construção de uma escala para avaliar a qualidade metodológica de revisões sistemáticas. Ciências & Saúde Coletiva, 20(8), 2441-2452. doi: https://doi.org/10.1590/1413-81232015208.10762014
Cozby, P. C. (2003). Métodos de pesquisa em ciências do comportamento (P. I. C. Gomide Trad.). São Paulo, SP: Atlas.
Darze, O. I. S. P., & Barroso Júnior, U. (2018). Uma Proposta Educativa para Abordar Objeção de Consciência em Saúde Reprodutiva durante o Ensino Médico. Revista Brasileira de Educação Médica, 42(4), 155-164. doi: https://doi.org/10.1590/1981-52712015v42n4RB20180021
Daspett, C., & Santanna, M. (2007). O pote de ouro no final do arco-íris: casais e famílias homossexuais. In Horta, A.L., & Feijó, M. R. (Orgs.). Sexualidade na família: avanços e desafios da contemporaneidade (pp.161-174). São Paulo, SP: Expressão & Arte.
Denborough, D., & Ncube, N. (2011). Atendendo crianças que vivenciaram traumas: a árvore da vida. Nova Perspectiva Sistêmica, 39(1), p. 92-101. Recuperado de: https://www.revistanps.com.br/nps/article/view/192
Figueiredo, M. O., Zambulim, M. C., Emmel, M. L. G., Fornereto, A. P. N., Lourenço, G. F., Joaquim, R. H. V. T., Barba, P. D. (2018). Terapia ocupacional: uma profissão relacionada ao feminino. História, Ciências, Saúde, 25(1), 115-126. doi: https://doi.org/10.1590/S0104-59702018000100007
Frabetti, K. C., Thomazelli, C., Feijó, M. R., Camargo, M. L., & Cardoso, H. F. (2015). Práticas Narrativas e Orientação Profissional: a possibilidade de desconstrução de estereótipos ligados às profissões. Nova Perspectiva Sistêmica, 23, 41-55. Recuperado de: https://www.revistanps.com.br/nps/article/view/145
Garcia, A., & Souza, E. M. (2010). Sexualidade e trabalho: estudo sobre a discriminação de homossexuais masculinos no setor bancário. Resvista da Administração Pública, 44(6), 1353-1377. doi: https://doi.org/10.1590/S0034-76122010000600005
Gaspodini, I. B., & Falcke, D. (2018). Relações entre preconceito e crenças sobre diversidade sexual e de gênero em psicólogos/as brasileiros/as. Psicologia: Ciência e Profissão, 38(4), 744-757. doi: https://doi.org/10.1590/1982-3703001752017
Grant, M. J., & Booth, A. (2009). A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Information and Libraries Journal, 26(1), 91-108. doi: https://doi.org/10.1111/j.1471-1842.2009.00848.x
Grein, T. A. D., Nascimento, V. F., Hattori, T. Y., Terças, A. C. P., & Borges, A. P. (2017). Saberes de puérperas sobre o planejamento reprodutivo. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 38(2), p. 145-154. doi: http://dx.doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n2p145
Greschechen, F.; & Tamanini, E. (2018). As escolhas profissionais femininas em cursos técnicos de nível médio. Educação em Foco, 21(3), 201-220. doi: https://doi.org/10.24934/eef.v21i33.1803
Iliopoulou, G., Jovia, K, & Lucy, S. (2009). The “Tree of Life” in a Community Context. Context, 105, 50-54.
International Labour Office. (2017). World Employment Social Outlook: trends for women. Geneva: Author. Recuperado de: https://www.ilo.org/global/research/global-reports/weso/trends-for-women2017/lang--en/index.htm
Irigaray, H. A. R., Saraiva, L. A. S., & Carrieri, A. P. (2010). Humor e discriminação por orientação sexual no ambiente organizacional. Revista de Administração Contemporânea, 14(5), 890-906. doi: https://doi.org/10.1590/S1415-65552010000500008
Lassance, M. C., & Sarriera, J. C. (2009). Carreira e saliência de papéis: Integrando o desenvolvimento pessoal e profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 10(2), 15-31. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902009000200004
Lima, F. I. A., Voig, A. E. G. T., Feijó, M. R., Camargo, M. L., & Cardoso, H. F. (2017). A influência da construção de papéis sociais de gênero na escolha profissional. Doxa: Rev. Bras. Psicol. Educ., 19(1), 33-50. doi: https://doi.org/10.30715/rbpe.v19.n1.2017.10818
Maia, A. C. B. (2010). Conceito amplo de sexualidade no processo de educação sexual. Psicopedagogia on line, 1(1). Recuperado de: http://hdl.handle.net/11449/125065
Maia, A. C.B. & Ribeiro, P.R.M. Educação Sexual: princípios para ação. Doxa. Revista Paulista de Psicologia e Educação, v. 15, p. 41-51, 2011. Recuperado de: https://www.academia.edu/12736279/Educa%C3%A7%C3%A3o_Sexual_princ%C3%ADpios_para_a%C3%A7%C3%A3o
Moreira, M. C. (2020). Investigando vieses de gênero a respeito de profissões entre alunos das áreas de ciências exatas e humanas. (Dissertação de Mestrado em Psicologia, Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos). Recuperado de https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/12340
Rabelo, A. O. (2013). Professores discriminados: um estudo sobre os docentes do sexo masculino nas séries do ensino fundamental. Educação e Pesquisa, 39(4), 907-925. doi: https://doi.org/10.1590/S1517-97022013005000004
Reis, L. P. C., & Rabinovich, E. P. (2006). O fantasma da repetição e a relação mãe/filha. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, 16(3), 39-52. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rbcdh/v16n3/06.pdf
Rocha, R. M. A. (2017). Aceitação da Homoconjugalidade Masculina no ambiente de trabalho e possíveis influências na relação conjugal. Trabalho apresentado no IV CISES – Congresso Internacional de Sexualidade e Educação Sexual. Rio Claro.
Santos, C. M. M., Tanure, B., & Carvalho Neto, A. M. (2014). Mulheres executivas brasileiras: o teto de vidro em questão. Revista Administração em Diálogo, 16(3), 56-75. doi: https://doi.org/10.20946/rad.v16i3.13791
Soares, D. H. P. (2002). A escolha profissional: do jovem ao adulto. São Paulo, SP: Summus.
Souza, C. A. (1997). Reflexões sobre trabalho, identidade e projeto de vida: sua relação com o processo de orientação profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, 1(1), 47-57. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1414-88891997000100004
Strobino, M. R. C., & Teixeira, R. M. (2014). Empreendedorismo feminino e o conflito trabalho-família: estudo de multicasos no setor de comércio de material de construção da cidade de Curitiba. Revista de Administração, 49(1), 59-76. doi: https://doi.org/10.5700/rausp1131
Victuri, A. A., Turato Júnior, E. D., & Feijó, M. R. (2019). Oficina interativa sobre orientação profissional com estudantes de cursinho pré-vestibular. In Feijó, M. R., Goulart Júnior, E., Campos, D. C., Cardoso, H. F., & Camargo, M. L. (Orgs.). Primeiros passos na atuação profissional do psicólogo em orientação profissional e de carreira e psicologia organizacional e do trabalho (p. 32-45). Araraquara, SP: Letraria. Recuperado de: https://www.letraria.net/wp-content/uploads/2019/08/Primeiros-passos-na-atua%C3%A7%C3%A3o-profissional-do-psic%C3%B3logo-em-orienta%C3%A7%C3%A3o-profissional-e-de-carreira-e-psicologia-organizacional-e-do-trabalho-Letraria.pdf
Waseda, D., Lofego, L., Feijó, M. R., Chaves, U. H., & Valério, N. I. (2016). Casais homoafetivos femininos: demandas do ciclo vital familiar e aceitação social. Pensando Famílias, 20(2), 115-131. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/penf/v20n2/v20n2a09.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Alexandre Aguiar Victuri, Helyson Fernando de Aguiar Jacinto, Ana Claudia Bortolozzi, Marianne Ramos Feijó
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.