A percepção de psicodramatistas sobre a utilização de música como objeto intermediário em psicoterapia

Autores

  • Emily dos Santos Uggioni Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC
  • Amanda Castro Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC

DOI:

https://doi.org/10.14393/PPv24n2a2020-58543

Palavras-chave:

música, psicodrama, saúde mental

Resumo

Este artigo tem como objetivos descrever a utilização de música como objeto intermediário em psicoterapia e os impactos da ferramenta, além de refletir sobre o papel da música na saúde mental de pacientes, todos a partir da percepção psicodramatista. Através do método “bola de neve” foram contatados oito psicodramatistas, onde, por meio da análise descritiva e de conteúdo, obteu-se respostas que apoiam a teoria discutida e verificou-se que a música é utilizada conforme necessidades do atendimento, podendo ser aplicada durante aquecimento, dramatização e compartilhamento. O instrumento auxilia no desenvolvimento relacional e emocional dos pacientes, facilitando o acesso ao mundo interno e às memórias afetivas, favorecendo a expressão do sofrimento psíquico e contribuindo para o resgate da espontaneidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, W. C. (1993). Os iniciadores. In: R. F. Monteiro (Org.). Técnicas fundamentais do psicodrama. (pp. 32-44). São Paulo: Ágora.
Areias, J. C. (2016, March). A música, a saúde e o bem estar. Nascer e crescer, 25(1), 7-10. Retrieved in October 2, 2020, from http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-07542016000100001&lng=pt&tlng=pt.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Batista, E. C., & Ferreira, D. F. (2015). A música como instrumento de reinserção social na saúde mental: um relato de experiência. Revista Psicologia em Foco, 7(9), 67-79. Retrieved in October 26, 2020, from http://revistas.fw.uri.br/index.php/psicologiaemfoco/article/view/1593.
Batista, N. S., & Ribeiro, M. C. (2016). O uso da música como recurso terapêutico em saúde mental. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 27(3), 336-341. http://dx.doi.org/10.11606/issn.2238-6149.v27i3p336-341.
Blatner, A., & Blatner, A. (1996). Uma visão global do psicodrama: fundamentos históricos, teóricos e práticos. São Paulo: Ágora.
Bustos, D. M. (1982). O psicodrama: aplicações da técnica psicodramática. São Paulo: Summus.
Bustos, D. M (1990). Perigo... amor à vista!: drama e psicodrama de casais. São Paulo: Aleph.
Cardoso, A. J. S. (2010). A utilização da música como coadjuvante terapêutico na saúde mental e psiquiatria. Monografia de Licenciatura. Departamento de Ciências da Enfermagem e Tecnologias de Saúde, UFP, Portugal.
Cukier, R. (2018). Psicodrama bipessoal: sua técnica, seu terapeuta e seu paciente. São Paulo: Ágora. (Original published in 1992).
Dias, V. R. C. S. (1996). Sonhos e psicodrama interno na análise psicodramática. São Paulo: Ágora.
Fonseca, K. C., Barbosa, M. A., Silva, D. G., Fonseca, K. V., Siqueira, K. M., & Souza, M. A. (2006). Credibilidade e efeitos da música como modalidade terapêutica em saúde. Revista Eletrônica de Enfermagem, 8(3), 398-403. https://doi.org/10.5216/ree.v8i3.7078.
Fox, J. (2002). O essencial de Moreno: textos sobre psicodrama, terapia de grupo e espontaneidade. São Paulo: Ágora. (Original published in 1987).
Freire, I. S. (2011). A música como promotora do bem-estar psicológico na adolescência. Dissertação de Mestrado. Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa, Universidade de Lisboa, Portugal.
Galvão, A. (2006). Cognição, Emoção e Expertise Musical. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(2), 169-174. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722006000200006.
Giannotti, L. A., & Pizzoli, L. M. L. (2004). Musicoterapia na dor: diferenças entre os estilos jazz e new age. Revista Nursing, 71(7), 35-41.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas. (Original published in 1985).
Guimarães, L. A. (1998). A música no psicodrama: um caminho para atualizar a cena. In: Federação Brasileira de Psicodrama (Org.), XI Congresso Brasileiro de Psicodrama e 4º Encontro Latino-Americano de Psicodrama da FEBRAP (pp. 1-7). Campos do Jordão, São Paulo: FEBRAP.
Guimarães, L. A. (Org.). (2000). Aspectos teóricos e filosóficos do Psicodrama. Salvador, Bahia: [s.n.].
Hallam, S. (2012). The effects of background music on health and wellbeing. In: Macdonald, R., Kreutz, G., Mitchell, L. Music, Health and Wellbeing. United Kingdom: Oxford Scholarship Online. http://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199586974.003.0032.
Levitin, D. J., & Tirolovas, A. K. (2009). Current Advances in the Cognitive Neuroscience of Music. In: McGill University (Org.), The Year in Cognitive Neuroscience, Montreal, 211-231. https://doi.org/10.1111/j.1749-6632.2009.04417.x.
Lima, C. O. (2003). Musicoterapia e Psicodrama: relações e similaridades. Artigo de Especialização (Musicoterapia). Conservatório Brasileiro de Música, Centro Universitário, Rio de Janeiro.
Menegazzo, C. M., Tomasini, M. A., & Zuretti, M. M. (2019). Dicionário de psicodrama e sociodrama. São Paulo: Ágora. (Original published in 1992).
Mohan, A., & Thomas, E. (2020). Effect of background music and the cultural preference to music on adolescents’ task performance. Internacional Journal of Adolescence and Youth, 25, 562-573. https://doi.org/10.1080/02673843.2019.1689368.
Monteiro, R. F. (Org.). (1993). Técnicas fundamentais do psicodrama. São Paulo: Ágora.
Moreno, J. L. (1987). Psicodrama. São Paulo: Cultrix.
Moreno, J. L. (2006). Acting your inner music: Music therapy and psychodrama. Gilsum. New Hampshire: Barcelona Publishers. (Original published in 1999).
Moreno, J. L. (2014). Autobiografia. São Paulo: Ágora.
Nagaishi, K. Y., & Cipullo, M. A. T. (2017). Canção como recurso de trabalho para psicólogos: um levantamento de artigos publicados. Boletim de Psicologia, 68(146), 67-82. Retrieved in October 2, 2020, from http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-59432017000100007&lng=pt&tlng=pt.
Neves, M. A. P. (2015). Psicologia escolar e música: mobilizando afetos e promovendo vivências na classe de recuperação. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, Campinas.
Nunes-Silva, M., Moreira, L. C., Moraes, G. R. J., Rosa, G. T., & Marra, C. A. S. (2012). A música para indução de relaxamento na Terapia de Integração Pessoal pela Abordagem Direta do Inconsciente – ADI/TIP. Contextos Clínicos, 5(2), 88-99. https://doi.org/10.4013/ctc.2012.52.03.
Pinto, T. O. (2001). Som e música: questões de uma antropologia sonora. Revista de Antropologia, 44(1), 221-286. https://dx.doi.org/10.1590/S0034-77012001000100007.
Ramalho, C. M. R.. (2010). Psicodrama e dinâmica de grupo. Aracajú: Iglu.
Ribeiro, J. P. C. T., & Correia, A. J. R. M. (2016). Psicodrama e Musicoterapia: a complementaridade da expressão emocional. Revista Psicodrama, 8, 1-20.
Rocha, V. C., & Boggio, P. S. (2013). A música por uma óptica neurocientífica. Per Musi, 27, 132-140. https://dx.doi.org/10.1590/S1517-75992013000100012.
Rojas-Bermúdez, J. G. (2016). Introdução ao Psicodrama. São Paulo: Ágora. (Original published in 1970).
Ruud, E. (1990). Caminhos da musicoterapia. São Paulo: Summus.
Sales, C. A., Silva, V. A., Pilger, C., & Marcon, S. S. (2011). A música na terminalidade humana: concepções dos familiares. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 45(1), 138-145. https://dx.doi.org/10.1590/S0080-62342011000100019.
Schmidt, M. L. G. (2006). A utilização do objeto intermediário no psicodrama organizacional: modelos e resultados. Psicologia para América Latina, 8. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1870-350X2006000400012&lng=pt&tlng=pt.
Seki, N. H., & Galheigo, S. M. (2010). O uso da música nos cuidados paliativos: humanizando o cuidado e facilitando o adeus. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 14(33), 273-284. https://dx.doi.org/10.1590/S1414-32832010000200004.
Siqueira, J. L. D., & Lago, A. M. C. V. (2012). Coletivo da música: um estudo sobre relações entre arte e saúde mental. Estudos Interdisciplinares em Psicologia, 3(1), 93-111. Retrieved in November 24, 2020, from http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-64072012000100007.
Valongo, M. F. (1993). Psicomúsica. In: Monteiro, R. F. (Org.). Técnicas fundamentais do psicodrama. (pp. 159-165). São Paulo: Ágora.
Vinuto, J. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate em aberto. Temáticas, 22(44), 203-220. Retrieved in November 20, 2020, from https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/10977.
Wazlawick, P., Camargo, D., & Maheirie, K. (2007). Significados e sentidos da música: uma breve “composição” a partir da psicologia histórico-cultural. Psicologia em Estudo, 12(1), 105-113. https://doi.org/10.1590/S1413-73722007000100013.
Weigsding, J. A., & Barbosa, C. P. (2015). A influência da música no comportamento humano. Arquivos do Museu Dinâmico Interdisciplinar, 18(2), 47-62. Retrieved in November 20, 2020, from http://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/25137.
Zanella, L. C. H. (2013). Metodologia de pesquisa. Florianópolis: UFSC.
Zanettini, A., Souza, J. B., Franceschi, V. E., Finger, D., Gomes, A., & Santos, M. S. (2015). Quem canta seus males espanta: um relato de experiência sobre o uso da música como ferramenta de atuação na promoção da saúde da criança. Revista Mineira de Enfermagem, 19(4), 1060-1064. http://www.dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20150079.

Downloads

Publicado

2021-03-19

Como Citar

dos Santos Uggioni, E., & Castro, A. (2021). A percepção de psicodramatistas sobre a utilização de música como objeto intermediário em psicoterapia. Perspectivas Em Psicologia, 24(2), 254–283. https://doi.org/10.14393/PPv24n2a2020-58543