Le corps, medium créatif et épistémologique, aux origines et dans la connaissance du « réel merveilleux » d'Alejo Carpentier
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https://doi.org/10.14393/OUV13-v10n1a2014-1Abstract
Le discours qui entoure les expériences artistiques les plus récentes nous incite aujourd'hui ဠreconsidérer le ró‚le du corps dans le processus créatif du « réel merveilleux » et ဠémettre l'hypothé€se d'un corps medium, ဠla fois support et vecteur de médiation. Le corps en tant que potentiel de production et non plus seulement de représentation, a donné lieu au cours des dernié€res décennies ဠdes expériences artistiques inédites. La peinture d'action, le body art, les performances scéniques, développées dé€s les années 1940, ont contribué ဠélargir le champ d'application de la notion de medium en conférant au corps un statut non plus seulement d'objet -objet de représentation, objet d'art- mais de sujet -sujet agissant. Dans des pratiques artistiques qui engagent le corps de l'artiste dans le processus créatif en tant que medium artistique, le corps devient ဠla fois sujet agissant et support de l'activité d'art sans jamais cesser d'é‚tre cependant objet de création. C'est ဠla croisée de ces trois dynamiques que semble se situer le processus créatif du « réel merveilleux », dans ses états premiers et dans ses variations. Pour comprendre le ró‚le du corps dans la connaissance du « réel merveilleux », sa prise de conscience et l'acte de création qu'elle suscite, il nous faut revenir sur les potentialités signifiantes de la notion de medium. RESUMO O discurso que cerca hoje as experiências artísticas, as mais recentes, nos incita a reconsi¬derar o papel do corpo no processo criativo do "real maravilhoso" e a emitir a hipótese de um corpo mediador, por vezes suporte e vetor de mediação. O corpo, enquanto potencial de produção e não apenas de representação deu lugar, nas últimas décadas, a experiências artísticas inéditas. A pintura da ação, o corpo arte, as performances cênicas, desenvolvidas desde os anos 1940, contribuíram para alargar o campo de aplicação da noção de mediador conferindo ao corpo um estatuto não mais de objeto - objeto de representação, objeto de arte mas de sujeito - sujeito agente. Nas práticas artísticas que engajam o corpo do artista no pro¬cesso criativo enquanto mediador, o corpo torna-se sujeito agente e suporte da atividade da arte sem jamais cessar de ser objeto de criação. É no cruzamento destas três dinâmicas que parece se situar o processo criativo do "real maravilhoso" em seu estado primeiro e em suas variações. Para compreender o papel do corpo no conhecimento do "real maravilhoso", sua tomada de consciência e o ato de criação que ele suscita, é preciso retornar sobre as possibi¬lidades significantes da noção de mediador. PALAVRAS-CHAVE Alejo Carpentier, real maravilhoso, corpo criativo.Downloads
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