SOBRE RAÇA, GÊNERO E COLONIALIDADE NAS INDEPENDÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.14393/CEF-v36n2-2023-4Resumo
Os últimos 200 anos foram de derrotas e vitórias conquistadas no campo dos feminismos e dos estudos decoloniais, porém, a colonialidade (do poder, do saber e do ser) permanece, especialmente nas relações que envolvem a interseccionalidade de opressões, principalmente as de raça, gênero, classe e localização. Este artigo pretende discutir essas relações, tendo como ponto de partida o esvaziamento da efeméride das independências quando as sujeitas em questão são mulheres originárias, negras e americanas. Pensar teoricamente a noção de amefricanidade é perceber na prática que, apesar do racismo que estrutura e ao mesmo tempo torna porosas as sociedades latino-americanas, as demandas feministas racializadas nos fizeram avançar. Pretendemos lançar e provocar olhares críticos sobre os lugares das mulheres nas histórias nacionais, especificamente nos âmbitos brasileiro e argentino, sem perder de vista o contexto latino-americano e suas (in)dependências.
PALAVRAS-CHAVE: Independências. História das Mulheres. Racialização. Amefricanidade.