SOBRE RAÇA, GÊNERO E COLONIALIDADE NAS INDEPENDÊNCIAS

Autores

  • Karina Bidaseca Universidad Nacional de San Martín
  • Ana Maria Veiga Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.14393/CEF-v36n2-2023-4

Resumo

Os últimos 200 anos foram de derrotas e vitórias conquistadas no campo dos feminismos e dos estudos decoloniais, porém, a colonialidade (do poder, do saber e do ser) permanece, especialmente nas relações que envolvem a interseccionalidade de opressões, principalmente as de raça, gênero, classe e localização. Este artigo pretende discutir essas relações, tendo como ponto de partida o esvaziamento da efeméride das independências quando as sujeitas em questão são mulheres originárias, negras e americanas. Pensar teoricamente a noção de amefricanidade é perceber na prática que, apesar do racismo que estrutura e ao mesmo tempo torna porosas as sociedades latino-americanas, as demandas feministas racializadas nos fizeram avançar. Pretendemos lançar e provocar olhares críticos sobre os lugares das mulheres nas histórias nacionais, especificamente nos âmbitos brasileiro e argentino, sem perder de vista o contexto latino-americano e suas (in)dependências.

PALAVRAS-CHAVE: Independências. História das Mulheres. Racialização. Amefricanidade.

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Biografia do Autor

Karina Bidaseca, Universidad Nacional de San Martín

é professora titular da Universidad Nacional de San Martín e da Universidad de Buenos Aires. Investigadora principal CONICET. Coordenadora Programa Sur Sur de CLACSO. Editora da publicação feminista “El Mismo Mar”. Seus livros recentes: La Revolución será feminista o no será. La piel del arte feminista descolonial; Por una poética erótica de la relación y Ana Mendieta. Pájaro del océano. E-mail: karinabidaseca@yahoo.com.ar

 

Ana Maria Veiga, Universidade Federal da Paraíba

é doutora em História pela Universidade Federal de Santa Catarina com pós-doutorado em Ciências Humanas pela UFSC. Professora do Departamento de História e do PPGH da Universidade Federal da Paraíba. Suas áreas de interesse são teorias da história, história visual e digital, estudos decoloniais e interseccionalidades. É líder do grupo de pesquisa ProjetAH – História das mulheres, Gênero, Imagens, Sertões. E-mail: ana.veiga@academico.ufpb.br

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Publicado

2024-01-24

Como Citar

Bidaseca, K., & Veiga, A. M. (2024). SOBRE RAÇA, GÊNERO E COLONIALIDADE NAS INDEPENDÊNCIAS. Caderno Espaço Feminino, 36(2), 35–52. https://doi.org/10.14393/CEF-v36n2-2023-4

Edição

Seção

Parte 1: DIÁLOGOS CONTEMPORÂNEOS DE GÊNERO