Professora-travesti-metamórfica
o corpo enquanto espaço, atmosfera e tempo
DOI:
https://doi.org/10.14393/CEF-v36n1-2023-10Resumo
Discutir corpo, gênero e sexualidade no domínio da Geografia ainda provoca polêmicas, especialmente, quando são as travestis, mulheres e homens trans que narram suas próprias experiências de espaço e lugar. Os corpos trans no ensino geográfico e na formação do sujeito acabam rompendo com o discurso de neutralidade que por muito tempo a Geografia se esquivou ao abordar gênero e sexualidade. Deste modo, é possível cogitar que um corpo, um sujeito, uma professora trans e sua prática pedagógica não apenas representa parte do que é tido enquanto paisagem de uma escola como interroga um estigma que é atribuído a partir de um imaginário social transfóbico sobre determinados ensaios paisagistas. O corpo travesti e geográfico marcado pela metamorfose e estigmas busca uma nova forma de produzir conhecimento e demandas educacionais, para promover visibilidade e abrir caminhos entre paisagens, territórios e lugares, mesmo que a passos lentos, porém largos, dentro de uma sociedade que condena as pessoas que estão fora de uma certa cisheterossexualidade compulsória.
PALAVRAS-CHAVE: Travesti. Corpo. Metamórfico. Geografia. Lugar.