A luta das mulheres negras na “fila da sacolinha”
um retrato da necropolítica do sistema prisional brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.14393/CEF-v33n1-2020-13Resumo
Este artigo analisa a experiência de mulheres que acompanham a vida de seus filhos/filhas, irmãos/irmãs, companheiros/companheiras, e demais parentes em situação de cárcere. Pessoas estas que são, em sua maioria, negras. A administração tanto da população privada de liberdade como de seus familiares, evidencia, ainda hoje, a manutenção do pensamento colonial, que racializa os indivíduos, negando-os a cidadania e a atribuição de humanidade. Assim, é possível perceber uma exposição ao racismo estrutural, por meio de violências sistematizadas contra as mulheres negras que protagonizam o universo do cárcere, mesmo quando não são detentas. A hipótese aqui colocada é a de que uma gestão necropolítica se evidencia também no serviço de atendimento às visitas familiares dentro do cárcere.
PALAVRAS-CHAVE: Racismo Estrutural. Necropolítica. Mulheres Negras.