A partilha do eu como pragmática da enunciação e performance narrativa contemporânea no romance Flores Artificiais
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL64-v31n1a2015-18Keywords:
Pragmática da enunciação. Partilha do eu. Máscaras de representação. Desterritorialização.Abstract
Este trabalho analisa a estratégia narrativa que engendra o romance Flores artificiais, de Luiz Ruffato, referenciada no desenraizamento e no despertencimento que caracterizam o sujeito na contemporaneidade. O constante e irreversível deslocamento geográfico que articula as inúmeras vozes e pontos de vista presentes nas micronarrativas que compõem a obra mobiliza um narrador também em trânsito, responsável por organizar um imbricado jogo entre as personas do eu/tu e do ele/eles para construir uma nova pragmática da enunciação. Em uma travessia pontuada por máscaras de representação e desdobramento de consciências, o não-lugar de fala de personagens superpostas revela uma fragmentação não apenas do sujeito, mas também da memória, tornada imagem, e do tempo. A espacialidade impressa na estrutura narrativa sugere o estilhaçamento e a descontinuidade da experiência em seu incessante e errante movimento de significação do anonimato contemporâneo. Na busca de uma construção identitária, por meio de um projeto literário centrado na reorganização da linguagem como premissa, é a relação entre alteridades e rastros a estratégia narrativa capaz de desvelar a partilha do eu.Downloads
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Published
2015-07-10
How to Cite
IGNÁCIO, V. G.; DE OLIVEIRA, M. R. D. A partilha do eu como pragmática da enunciação e performance narrativa contemporânea no romance Flores Artificiais. Letras & Letras, Uberlândia, v. 31, n. 1, p. 255–266, 2015. DOI: 10.14393/LL64-v31n1a2015-18. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/29236. Acesso em: 24 nov. 2024.
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