Histórias e memórias de alunos da EJA nas universidades brasileiras e portuguesas após 1974

Conteúdo do artigo principal

Albertina Lima de Oliveira
Marco Antônio Franco do Amaral

Resumo

As políticas portuguesas e brasileiras de democratização no ensino vêm proporcionando, ainda que discretamente, um crescimento do número de alunos egressos da Educação de Jovens e Adultos nos cursos de licenciatura das instituições públicas de ensino. Para realizar um mapeamento histórico dos perfis sociodemocráficos dos estudantes egressos da educação de adultos que fizeram licenciatura em Pedagogia no Instituto Federal Goiano, ou Ciências da Educação na Universidade de Coimbra, foi realizado um estudo com a utilização de entrevistas semiestruturadas com ex-alunos desses cursos. Com auxílio das narrativas e suporte metodológico da história oral, foi possível constatar que eles tiveram percursos de escolarização frágeis, maioritariamente trabalham, são casados e estiveram afastados da escola por muitos anos. Alunos brasileiros revelaram que se sentiram motivados a cursar o ensino superior na expectativa de um reenquadramento profissional e, de modo divergente, os alunos portugueses apresentaram forte motivação pela busca de realização pessoal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Detalhes do artigo

Como Citar
Oliveira, A. L. de ., & Amaral, M. A. F. do . (2020). Histórias e memórias de alunos da EJA nas universidades brasileiras e portuguesas após 1974. Cadernos De História Da Educação, 19(1), 56–70. https://doi.org/10.14393/che-v19n1-2020-6
Seção
Dossiê: História e memória da EJA nas universidades brasileiras e portuguesas
Biografia do Autor

Albertina Lima de Oliveira, Universidade de Coimbra (Portugal)

https://orcid.org/0000-0001-9521-528X
aolima@fpce.uc.pt

Marco Antônio Franco do Amaral, Instituto Federal Goiano (Brasil)

https://orcid.org/0000-0002-3573-3795
http://lattes.cnpq.br/9694641332419595
marco.amaral@ifgoiano.edu.br

 

Referências

ALBERTI, Verena. Manual de história oral. 3ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2005.

BAIXINHO, António Francisco. Políticas educativas em Portugal: governação, contexto local e hibridismo. Eccos – Revista Científica, [s. l.], n. 42, p. 105-124, 6 fev. 2017. https://doi.org/10.5585/eccos.n42.3606

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Censo da educação superior: 2007– resumo técnico. Brasília: INEP/MEC, 2009.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB. Brasília, DF, 1996. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 14 jan. 2019.

BARROS, Rosanna. A conceção e implementação da nova política de educação e formação de adultos em Portugal: sinopse histórica de uma viragem na agenda política nacional. In: ALVES, Natália; RUMMERT, Sonia Maria; MARQUES, Marcelo. Educação e Formação de Jovens e Adultos em Portugal e no Brasil: Políticas, Práticas e Atores. Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 2014. p. 13-30.

BENAVENTE, Ana. O PACTO EDUCATIVO PARA O FUTURO: UM INSTRUMENTO ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO EDUCATIVO EM PORTUGAL. Revista Iberoamericana de Educación, [s. L.], n. 34, p. 69-108, 2004.

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE EDUCAÇÃO DE ADULTOS. Declaração de Hamburgo: agenda para o futuro. Brasília: SESI/UNESCO. 1999.

FREIRE, Paulo. A Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (orgs.). Educação de Jovens e Adultos teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez. 2007.

GARRIDO, Joan del Alcazar i. As fontes orais na pesquisa histórica: uma contribuição ao debate. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 13, n. 25/26, set 92-ago/93.

GUTERRES, António. Programa do XIII Governo Constitucional. 1996. Disponível em: . Acesso em: 10 mar. 2018.

HADDAD, Sérgio; DI PIERRO, Maria Clara. Satisfação das necessidades básicas de aprendizagem de jovens e adultos no Brasil: contribuições para uma avaliação da década da Educação para Todos. São Paulo, 1999. 12 p.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1990.
MEIHY, José Carlos Sebe Bom; HOLANDA, Fabíola. História oral: como fazer, como pensar. São Paulo: Contexto, 2007.

OLIVEIRA, Albertina Lima de. O ensino superior no contexto da reforma de Bolonha. In: BALDIN, Nelma; ALBUQUERQUE, Cristina. Conhecimento e responsabilidade: As (re)configurações do saber, da educação e da ação na contemporaneidade. Brasília: Liberlivro, 2012. p. 73-95.

OLIVEIRA, Martha Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Caxambu, v. 12, p. 59-73, 1999.

PORTUGAL. Lei nº 46, de 14 de outubro de 1986. Estabelece o quadro geral do sistema educativo. Lei de Bases do Sistema Educativo. LISBOA, PT, 1986. Disponível em: http://www.cnedu.pt/pt/noticias/cne/1039-lei-de-bases-do-sistema-educativo. Acesso em: 14 jan. 2019.

PORTUGAL. Lei nº 115, de 19 de setembro de 1997. Altera a lei nº 46, de 14 de outubro de 1986. Lei de Bases do Sistema Educativo. LISBOA, PT, 1997. Disponível em: http://www.cnedu.pt/content/noticias/CNE/Lei_de_Bases_97.pdf. Acesso em: 14 jan. 2019.

PORTUGAL. Lei nº 49, de 30 de agosto de 2005. Segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e primeira alteração à Lei de Bases do Financiamento do Ensino
Superior. Lei de Bases do Sistema Educativo. LISBOA, PT, 2005. Disponível em: http://www.cnedu.pt/content/noticias/CNE/Lei_de_Bases_2005.pdf. Acesso em: 14 jan. 2019.

PORTUGAL. Lei nº 64, de 21 de março de 2006. Regulamenta as provas especialmente adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência do ensino superior dos maiores de 23 anos, previstas no n.º 5 do artigo 12.º da Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro. Lei de Bases do Sistema Educativo. LISBOA, PT, 2006. Disponível em: http://www.cnedu.pt/content/noticias/CNE/Lei_de_Bases_2005.pdf. Acesso em: 14 jan. 2019.

TEODORO, Antonio; SCOCUGLIA, Afonso Celso. Tempos e andamentos nas políticas de educação: estudos iberoamericanos. Brasília, DF: Liber Livro, 2008.