Os confins paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932: uma análise do bandeirantismo na região da Alta Araraquarense

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Raquel Discini de Campos

Resumo

O artigo discute a reconstrução sucedida nas primeiras décadas do século XX, na região Noroeste Paulista, também conhecida como Alta Araraquarense, da mitologia em torno da figura do bandeirante. Parte das pesquisas realizadas pelo geógrafo Pierre Monbeig e pela socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz para tratar, por intermédio da análise da imprensa local, da ressignificação de antigas simbologias bandeirantes naquelas plagas, num período de franca expansão territorial e capitalista. Apresenta informações sobre os usos dados às instituições escolares ao longo da Revolução Constitucionalista de 1932, ápice do que se convencionou nomear como epopea bandeirante, além de discutir algumas práticas e representações dos sujeitos escolares envolvidos no conflito.

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Como Citar
Campos, R. D. de. (2018). Os confins paulistas na Revolução Constitucionalista de 1932: uma análise do bandeirantismo na região da Alta Araraquarense. Cadernos De História Da Educação, 17(3), 837–854. https://doi.org/10.14393/che-v17n3-2018-13
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Raquel Discini de Campos, Universidade Federal de Uberlândia (Brasil)

Doutora em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, com estágio de pós-doutorado concluído na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. Professora Associada da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Uberlândia. E-mail: raqueldiscini@uol.com.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5031-3054. LATTES: http://lattes.cnpq.br/3515581736708487.

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