Educando Eres, Guris e Curumins
um projeto político pedagógico sob uma perspectiva decolonial
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v38n1.2025.77282Resumo
A educação, direito fundamental e pilar da democracia, tem sido historicamente marcada pela hegemonia do pensamento eurocêntrico. No Brasil, a diversidade cultural e religiosa exige uma revisão urgente dos modelos pedagógicos tradicionais. O presente estudo analisa a contribuição do Centro de Apoio Social e Cultural (CASC) de Carazinho/RS na construção de um modelo educacional decolonial que valoriza os saberes locais, incluindo os de matriz africana. A perspectiva decolonial, ao questionar a hegemonia eurocêntrica, converge com o multiculturalismo ao defender a valorização da diversidade cultural. O CASC, ao integrar em suas práticas pedagógicas ações que valorizam saberes como os do Candomblé, demonstra como a educação pode ser um espaço de encontro entre essas duas perspectivas. Através de uma abordagem intercultural e decolonial, o CASC busca descolonizar o currículo e promover a inclusão de saberes marginalizados, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa. Através de uma abordagem decolonial, a educação se torna ferramenta crucial para a desconstrução de narrativas opressoras e a promoção de um ambiente onde todas as formas de conhecimento e existência sejam respeitadas e valorizadas.