Cadernos de Pesquisa do CDHIS
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<p>A Revista Cadernos de Pesquisa do CDHIS se constituiu em 1989 como um Boletim Informativo (com 3 páginas) e, desde 2000, como um Caderno de Pesquisa do Programa da Pós-Graduação em História da UFU. O objetivo do periódico é veicular resultados parciais de investigações na área das ciências humanas, além de experiências em preservação e restauro do patrimônio cultural, arquivo de documentos, uso de fontes orais, História Local, incorporando os trabalhos de alunos (as) do Mestrado em História /UFU, de integrantes do CDHIS e de outros (as) pesquisadores (as) nacionais e internacionais.</p>Universidade Federal de Uberlândiapt-BRCadernos de Pesquisa do CDHIS1981-3090Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.Apresentação
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Carolina da Cunha RochaAdriana Mendonça CunhaBenedito Emílio da Silva Ribeiro
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2025-01-212025-01-2137241110.14393/cdhis.v37n2.2024.76752Educação rural em cheque
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/76266
<p>O artigo propõe compreender algumas dinâmicas relacionadas à atuação do Estado brasileiro no que se refere ao tema da educação rural entre 1930 e 1960. Por meio do uso de diferentes fontes documentais, como os relatórios e boletins do Ministério da Agricultura (MA) e do Ministério da Educação e Saúde Pública (MES), assim como materiais produzidos por seus órgãos como a Superintendência de Educação Agrícola e Veterinária (SEAV/MA), pelo Serviço de Informação Agrícola (SIA/MA), o Departamento Nacional de Educação (DNE/MES) e o Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP/MES). Dessa forma, se pretende identificar algumas das principais políticas estatais para educação rural no período, bem como um campo de disputas ideológicas entre ambos os ministérios, sendo possível evidenciar dinâmicas e concepções divergentes sobre a forma de condução das políticas de educação rural e, consequentemente, do tratamento das populações agrárias do período entre ambos organismos.</p> <p> </p>Carolina da Cunha RochaAdriana Mendonça Cunha
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2025-01-212025-01-21372125210.14393/cdhis.v37n2.2024.76266Acción Cultural Popular – ACPO (1947-1974)
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75731
<p>Ação Cultural Popular – ACPO foi uma proposta para a educação de adultos camponeses que surgiu no meio do século XX. Inicialmente conhecida como Rádio Sutatenza, baseou-se na proposta de Educação Fundamental da UNESCO para oferecer uma alternativa educacional por meio do uso combinado de meios de comunicação, o que seria estratégico para alcançar os lugares mais remotos da geografia colombiana. Como objetivo, este texto se propõe a analisar a proposta educacional da ACPO e seu sucesso em congregar os interesses da Igreja, do Estado e das agências internacionais, apresentando-se como uma “missão divina” no plano terreno, um projeto “neutro” em relação à política e uma possibilidade de baixo custo para expandir a educação em um país “subdesenvolvido”. Diferentes documentos institucionais são utilizados como fontes, permitindo compreender as leituras sobre o campo e o camponês, além das alocações de interesses do Estado, da Igreja e das agências internacionais. O desenvolvimento histórico da proposta é um ponto de partida para a expansão de propostas de educação radiofônica na América Latina durante a segunda metade do século XX.</p>Sara Evelin Urrea Quintero
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2025-01-212025-01-21372537510.14393/cdhis.v37n2.2024.75731A história da educação rural
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75737
<p>O objetivo do presente artigo é discutir a literatura produzida entre 2018 e 2023, sobre História da Educação Rural. O estudo se baseou no levantamento de teses e dissertações publicadas, entre 2018 e 2023, realizado nas interfaces de domínio público Portal de Periódicos da Capes e Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Esse balanço de sistematização e organização das informações permitiu observar o campo da história da educação rural em pleno funcionamento, com vistas a compreender as características, tendências, lacunas e desafios. Ao esquadriar temas, espaços e fontes utilizadas pelos pesquisadores, torna-se possível identificar o lugar ocupado pela educação rural na história da educação.</p>Rejanne do Carmo RamosGilmário Moreira Brito
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2025-01-212025-01-213727611210.14393/cdhis.v37n2.2024.75737A construção da representação política dos assalariados rurais
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75175
<p>O presente trabalho analisa a construção da representação política da categoria “assalariado rural”. Questionamos quais são os elementos que caracterizam ou não a existência de trabalhadores assalariados rurais ao longo dos anos, articulando com estudos de caso discutidos pela bibliografia, entrevistas e análise documental. Analisamos como da criação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), em 1922, à criação da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (CONTAR), em 2015, a categoria foi disputada, mobilizada e interpretada. Contextualizamos o perfil dos trabalhadores associados a essa identidade, como os “operários agrícolas”, “colonos”, “bóias-frias” e “canavieiros”. Seguimos como hipótese orientadora a impossibilidade de homogeneizá-los, especialmente em períodos anteriores à modernização da agricultura (1960-1970), tanto pelos aspectos regionais, quanto pela presença de elementos confluentes à remuneração, como a concessão de morada, o trabalho familiar e o acesso a lotes para produção alimentar. Indicamos a incompreensão de determinadas instituições políticas sobre a existência fragmentada e complexa desses sujeitos.</p>Filipe Moreira de Azeredo Tavares
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2025-01-212025-01-2137211314410.14393/cdhis.v37n2.2024.75175Flagelo e sobrevivência
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75735
<p>Este trabalho analisa as condições de vida dos trabalhadores nas frentes de serviço do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) no Piauí entre 1940 e 1950, revelando a exploração da mão de obra dos retirantes. Esses trabalhadores, conhecidos como "cassacos", enfrentaram jornadas exaustivas e alimentação precária, desenvolvendo laços de solidariedade num ambiente de escassez. Utilizando documentos históricos, como folhas de pagamento, a proposta examina a dinâmica de trabalho e as disposições condicionais nas frentes de serviço, resgatando as experiências desses trabalhadores, sublinhado sua luta e resiliência. Buscaremos esquadrinhar quais foram as suas principais ações e os seus impactos sociais e econômicos. Para tanto, usaremos como fontes os relatórios técnicos, folhas de pagamentos, jornais e os boletins do acervo do DNOCS-PI.</p>Maria de Lourdes Andrade dos SantosFrancisco Gleison da Costa Monteiro
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2025-01-212025-01-2137214516510.14393/cdhis.v37n2.2024.75735Modernização do espaço rural na região cacaueira
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75736
<p>O presente artigo é uma análise das transformações no manejo do cacau e suas repercussões para os trabalhadores rurais no sul da Bahia, dentro do processo de modernização agrícola 1940 e 1990. A monocultura cacaueira, marcada por períodos de florestas e crises como a da vassoura-de-bruxa, trouxe mudanças estruturais no processo produtivo, impactando diretamente as condições de trabalho e a organização social na região. O texto discute como as inovações tecnológicas afetaram a produtividade e a relação dos trabalhadores com a terra, focando na transição de práticas agrícolas tradicionais para métodos mais industrializados e nos desafios de sazonalidade e precariedade no trabalho. A partir de uma revisão bibliográfica e análise de fontes históricas, como dados quantitativos, relatórios e boletins técnicos da CEPLAC, este estudo busca contribuir para a compreensão do desenvolvimento agrícola e seus efeitos sociais no sul da Bahia.</p>Jaciane Aparecida Jesus da CruzFilipe França Neves de Oliveira Thiago Vinícius Mantuano da Fonseca
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2025-01-212025-01-2137216619310.14393/cdhis.v37n2.2024.75736As comunidades quilombolas invernada dos Negros/SC e Mormaça/RS
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75658
<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo aborda a história das Comunidades Quilombolas Invernada dos Negros/SC e Mormaça/RS a partir do olhar sobre a forma de uso do solo. As duas possuem diferenças e semelhanças. A partir do olhar sobre o campesinato negro, as principais semelhanças observadas são o uso comum das terras, a expropriação do território e as relações de parentesco. O estudo visa ainda observar como essa relação com o território se transforma a partir do incentivo, inclusive do Estado, para a colonização dessas regiões por colonos de descendência ou origem europeia e as políticas de modernização da agricultura.</span></p>Eliane TaffarelÉmerson Neves da Silva
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2025-01-212025-01-2137219422210.14393/cdhis.v37n2.2024.75658Nas tramas da resiliência e da luta por direitos territoriais
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75703
<p><span style="font-weight: 400;">O artigo tem como objetivo realizar uma análise contextual da resistência dos quilombos no cenário brasileiro contraposto ao desenvolvimento do campo de conhecimento nomeado de Planejamento Urbano e Regional/ Planejamento Territorial, realizado no guarda-chuva do Estado. Para tanto, realizou-se uma discussão do cenário histórico e processual desta condição, um levantamento de normativas que organizam as relações Estado - quilombo entre 1988 e 2023, exemplificando por meio do caso da cidade de Ubatuba/SP. Por fim, conclui-se que ainda nos instrumentos e nos debates sobre o Planejamento Territorial nos municípios os quilombos ainda são colocados à margem do debate, seus conhecimentos e saberes, modos de vida e gestão do próprio território são considerados muitas vezes como entraves ao desenvolvimento territorial da expansão urbana, negócios turísticos e grande projetos agrícolas ou de mineração.</span></p>Mariana Tereza Diniz MendonçaLidiane Maria MacielFabiana Felix do Amaral e Silva
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2025-01-212025-01-2137222325810.14393/cdhis.v37n2.2024.75703Terra, trabalho e resistência em contexto “agonístico”
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75855
<p>O objetivo do artigo é dirimir a trajetória do grupo marcada pela luta que envolve o acesso e permanência na terra dos africanos da diáspora transatlântica e de seus descendentes, vítimas da instituição escravista. Utilizo como fontes as narrativas herdadas e transmitidas de geração a geração pelos autodenominados remanescentes de quilombo de Narcisa que elucidam processos de construção, redução e retomada do território ancestral. Os relatos foram colhidos junto aos agentes sociais no ano de 2013. Lancei mão da observação participante como metodologia antropológica e como técnicas de coleta de dados entrevistas formais e informais e levantamento documental.</p>Raimunda Conceição Sodré
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2025-01-212025-01-21372259287Cultivar a terra
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75950
<p>O artigo focaliza a comunidade negra reconhecida como remanescente de quilombo Itamoari, no município de Cachoeira do Piriá, no Pará, objetivando investigar saberes e práticas negro-indígenas na produção das roças, no plantar e manejar os recursos naturais, analisando relatos das pessoas mais velhas da comunidade e mais especificamente os conhecimentos das mulheres negras quilombolas. Assim, discutem-se as relações entre quilombolas de Itamoari e indígenas Tembé, para se evidenciar o longo processo de suas interações e trocas nas fronteiras entre o Pará e o Maranhão. A pesquisa bibliográfica direcionada às produções sobre a história dos quilombos e mocambos na Amazônia e a pesquisa de campo com realização de entrevistas semiestruturadas com membros dessa comunidade negra, remanescente de quilombo, balizaram a investigação. O processo de formação do quilombo Itamoari, em sua tradição de luta por liberdade, autonomia e atividades camponesas, foi demarcado pela r-existência negro-indígena nos dois lados do rio Gurupi, evidenciados nos relatos das quilombolas sobre saberes e fazeres na produção das roças mas também nos cultivos que asseguram tanto o sustento quanto os cuidados com o corpo na comunidade.</p>Marcia do Carmo SousaVanderlúcia da Silva PonteMaria Roseane Corrêa Pinto Lima
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2025-01-212025-01-2137228832410.14393/cdhis.v37n2.2024.75950A institucionalização de um órgão de “proteção” na primeira República brasileira
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75709
<p>O presente trabalho se dedica a analisar a institucionalização do primeiro órgão governamental responsabilizado pela promoção da inserção gradual das populações indígenas ao corpo nacional, durante a Primeira República brasileira. O então Serviço de Proteção ao Índio e Localização de Trabalhadores Nacionais (SPILTN) (criado em 1910) visava a identificação de povos indígenas e eventual reestruturação social de suas sociedades em prol da invisibilização de suas culturas e, posterior, realocação de suas populações como o texto propõe provar. O trabalho parte de um diálogo com as pesquisas de Manuela Carneiro da Cunha, Gersem Baniwa, Casé Angatu e Antônio Carlos de Souza Lima, para análise dos decretos que institucionalizaram o órgão, assim como o então Ministério da Agricultura e Serviço de Inspeção Agrícola.</p>Helena Azevedo Paulo de Almeida
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2025-01-212025-01-2137232535310.14393/cdhis.v37n2.2024.75709As continuidades na ruptura durante a aplicação da Lei de Terras de 1850 pela Diretoria da Agricultura (1873-1889)
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75445
<p>Trata-se de refletir sobre a aplicação da Lei de Terras de 1850 através dos processos que tramitaram pela segunda seção da Diretoria da Agricultura entre 1873-1889. Pretendemos apontar a existência de continuidades nos usos da Lei de Terras com relação às lógicas possessórias do Período Colonial. Entretanto, não pretendemos resgatar a tese do malogro da legislação agrária oitocentista, segundo a qual a referida norma não teve resultados práticos. Ao contrário, concordamos com a parcela da historiografia que situa a Lei de 1850 em um processo de individualização da propriedade iniciado no Período Pombalino e não concluído no Império. Apenas destacamos a existência de continuidades neste processo de transformação de longa duração.</p>Pedro Parga Rodrigues
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2025-01-212025-01-2137235437910.14393/cdhis.v37n2.2024.75445Conflito de terras no Pará
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75733
<p>Este artigo analisa alguns processos judiciais do século XIX com a intenção de discutir os conflitos gerados a partir dos usos e ocupações das propriedades do Pará. Ao refletirmos sobre a atual situação acerca da distribuição de terras no Brasil, percebemos que esse problema não surgiu no presente, tampouco é algo que aconteceu de forma instantânea, mas que na verdade, é resultado de um longo processo, no qual tem suas raízes a partir de leis, costumes e práticas de poder. A questão da posse e propriedade no Brasil é algo que necessita ser discutido levando em consideração os processos históricos que construíram tais concepções durante a construção espacial e populacional do território. Durante o século XIX, ao nos depararmos com determinadas práticas estabelecidas nos processos jurídicos, percebemos como essa noção acerca da posse se caracterizou na convivência de homens e mulheres do campo e da lei. Portanto, a partir de um olhar centralizado nesses processos, analisaremos como essa questão foi construída no interior paraense e concretizada com a afirmação da justiça.</p>Francivaldo Alves NunesMickael Ruan Bastos de Menezes
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2025-01-212025-01-2137238039810.14393/cdhis.v37n2.2024.75733Granja São Rafael
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75255
<p lang="en-US" style="font-weight: normal; line-height: 115%; text-indent: 0cm;" align="justify"><span style="font-family: Palatino Linotype, serif;"><span style="font-size: medium;"><span lang="pt-BR"><span style="font-weight: normal;"><span style="background: transparent;" data-darkreader-inline-bgcolor="" data-darkreader-inline-bgimage="">O objetivo deste artigo foi narrar o processo histórico do espaço conhecido por Granja São Rafael, uma estação agrícola experimental do Estado da Paraíba, identificando seus agroecossistemas, suas relações com a cidade, seu papel nas políticas de modernização agrícola do estado da Paraíba e nos sistemas agrários a que pertencia, entre 1922 e 1960. Utilizamos como aportes teóricos e metodológicos de forma dialógica e interdisciplinar, na construção desta História Rural, a Geografia – na compreensão dos espaços, paisagens e territórios – e a Teoria dos Sistemas Agrários e as Ciências Agrárias – na análise das técnicas, sistemas agropecuários e agroecossistemas envolvidos. A pesquisa demonstrou que a Granja desempenhou um importante papel na consolidação do modelo científico agrário e da modernização agrícola do Estado da Paraíba no começo do séc. XX, até ser suplantada pelo avanço urbano da capital por volta da década de sessenta.</span></span></span></span></span></p>Danilo Wilson Lemos MenezesLucicléa Teixeira Lins
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2025-01-212025-01-2137239943310.14393/cdhis.v37n2.2024.75255Impactos do pacote tecnológico da Revolução Verde na agricultura de Soledade-RS (1960 a 1990)
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75382
<p>Este artigo interpreta os impactos socioambientais da aplicação do pacote tecnológico da Revolução Verde na agricultura de Soledade/RS, no recorte histórico situado entre os anos de 1960 e 1990. Empregou-se como fontes da pesquisa os dados dos Censos Agropecuários do IBGE, dos jornais locais, dos testemunhos orais de agricultores e técnicos agrícolas e dos fundos documentais da Emater e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Soledade. Utilizando-se dos referenciais teóricos e metodológicos da História Ambiental, concluiu-se preliminarmente, que a utilização do pacote tecnológico ajudou a dinamizar o comércio local e regional e foi responsável por danos ambientais, à saúde humana, assim como, promoveu uma mudança de mentalidade do agricultor.</p>Márcio Comin
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2025-01-212025-01-2137243447310.14393/cdhis.v37n2.2024.75382Estratégias de alternativas sustentáveis agrícolas na comunidade Cajupary, em São Luís/MA
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75834
<p>Objetivou-se analisar as práticas agrícolas sustentáveis da comunidade Cajupary, em São Luís/MA. Realizou-se conhecimento da área e aplicação de questionário semiestruturada, contendo 11 questões a 10 agricultores no ano de 2023. Os dados foram tabulados no programa Microsoft Office Excel®2013. Foram perguntados: quais as atividades desenvolvidas na propriedade, são atividades agrícolas; em relação ao plantio, informaram que adotam o sistema convencional; quanto ao sistema de irrigação, são aspersão e gotejamentos; se usam adubo na plantação, falaram que sim; sobre a compostagem, se realizam o processo, 50% sim; os alimentos plantado, são vegetais, frutos e caules, além de animais; se usam agrotóxicos, sim, agrotóxicos químico, orgânico e biológico; quanto a comercialização dos produtos, são para consumo próprio e venda; em relação local de comercialização, direto para o consumidor, na comunidade e feiras; acerca do uso de práticas sustentáveis, sim, principalmente com o uso do adubo orgânico. Diante do exposto, foi produzido material ilustrativos, com algumas receitas que contribuirá no combate a pragas. Visto isto, os agricultores desenvolvem suas técnicas mantendo o controle e o contato direto com o solo.</p> <p> </p>Luciana Barros OliveiraLuciano Rocha da PenhaFabiana Brito CantanhedeCharles dos Santos
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2025-01-212025-01-2137247449610.14393/cdhis.v37n2.2024.75834Um século de progresso (1862-1962)
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75828
<p>Este artigo discute como no início da década de 1960 foram reavivadas as medidas do congresso dos Estados Unidos de 1862 que visavam à transformação da agricultura naquele país. Para além do desenvolvimento da agricultura ou da economia no geral, as comemorações daquele primeiro centenário eram uma atualização da almejada projeção do americanismo como forma de fazer frente aos outros projetos em disputa naquele contexto. Refiro-me, sobremaneira, à expansão do socialismo de cariz soviético, em um contexto de tensão internacional no início da década de 1960. Mais do que uma efeméride e exposição dos avanços da agricultura norte-americana, estavam delineados a defesa de uma visão de mundo a ser exportada para outras nações, principalmente para os países da chamada América Latina. Essa perspectiva atualizava e dava prosseguimento a uma longa tradição que apresentava os Estados Unidos como sendo um modelo a ser adotado pelo então chamado mundo livre. Nesse artigo trato como fontes, sobretudo, o mural localizado na <em>Purdue University</em>, intitulado <em>The Spirit of the Land Grant College</em> de 1961, o artigo de Byron T. Shaw, publicado na Revista Turrialba, periódico do país centro-americano, Costa Rica, mais o <em>The Yearbook of the U.S. Department of Agriculture</em>, ambos de 1962.</p>Leonardo Ribeiro Gomes
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2025-01-212025-01-2137249752610.14393/cdhis.v37n2.2024.75828La Belga Americana S.A. Tierras y Colonias
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75481
<p>En los inicios del siglo XX la economía argentina mantiene la expansión agroexportadora iniciada a fines de la centuria anterior. En este contexto, este trabajo de investigación histórica analiza la trayectoria de una de las inversiones secundarias de corto plazo, “La Belga Americana S.A. Tierras y Colonias”, que lleva adelante el grupo económico financiero de origen belga Bunge y Born (B&B), para diversificar sus inversiones y con fines esencialmente forestales, asociados a la subregión argentina del Chaco salteño. B&B es una corporación empresarial que registra sus mayores inversiones asociadas al comercio de granos y negocios vinculados a la rica región pampeana y el eje metropolitano. Se inscribe y funciona como sociedad colectiva en la Argentina desde julio de 1884. Conocer mediante su archivo documental, el objetivo de la creación de “La Belga Americana S.A.” (1906-1937), sus funciones, composición, capital accionario y los motivos de su liquidación, resulta un desafío interesante para analizar la diversidad estratégica de este importante grupo financiero, uno de los más ricos de la Argentina, que mantiene el control y audita centralmente cada una de sus inversiones.</p>Noemí María Girbal-Blacha
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2025-01-212025-01-2137252755610.14393/cdhis.v37n2.2024.75481Sinagogas
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75239
<p>Esta pesquisa explora a formação da identidade judaica por meio da fundação de sinagogas na Amazônia, focando no jornal Kol Israel. Este foi o primeiro periódico judaico da região amazônica, circulando no Pará e áreas interioranas no início do século XX. A análise de fontes jornalísticas revelou como os imigrantes estabeleceram sua presença na região através da criação de instituições e sinagogas, fundamentais para a prática de rituais e expressão da religiosidade, destacando-se como uma comunidade ativa nos centros urbanos do norte do Brasil. Descendentes de imigrantes marroquinos do século XIX, essas comunidades judaicas se inseriram na sociedade amazônica, influenciando a economia e participando ativamente de práticas religiosas. Alguns membros se destacaram em cargos públicos devido às relações sócio-políticas com o Partido Republicano Federal.</p>Andrius Estevam NoronhaEneida Damasceno Borges de SáMarcos Vinicius de Freitas Reis
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2025-01-212025-01-2137255758210.14393/cdhis.v37n2.2024.75239Lei Robin Hood em Minas Gerais
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75719
<p>A lei que dispõe sobre a distribuição da cota-parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do estado de Minas Gerais aos municípios herdou o nome do mítico herói inglês, ficando conhecida como lei Robin Hood. Não é por acaso que a lei ganhou esse nome, pois sua intenção é realizar uma melhor distribuição dos recursos entre os municípios. No critério do ICMS do Patrimônio Cultural, o IEPHA (Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais) é o órgão encarregado de definir os critérios para a pontuação dos municípios no programa. Nesse contexto, este artigo tem por objetivo analisar e discutir as origens da lei Robin Hood em Minas Gerais, as mudanças nas suas versões e os critérios de pontuação que refletem na distribuição do ICMS no critério patrimônio cultural aos municípios. Para tanto, retomamos os antecedentes da preservação do patrimônio no Brasil, situando Minas Gerais nesse cenário. Assim, para estruturação deste artigo, realizamos a pesquisa bibliográfica e documental. Destacamos que este trabalho é parte integrante de uma pesquisa de doutorado na área do Patrimônio Cultural.</p>Francilene Ramos Lourenço SoaresLuiz Henrique Assis Garcia
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2025-01-212025-01-2137258361010.14393/cdhis.v37n2.2024.75719A construção da memória de espaços
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/72995
<p>O presente artigo tem por objetivo analisar como o conceito cidade aparece nas fotografias que foram escolhidas para serem as capas dos livros da Coleção Sesquicentenária. Essa Coleção é uma coletânea de 15 títulos de livros de memorialistas que escreveram, em tempos variados, sobre assuntos, espaços e pessoas diversificadas sobre a cidade de Montes Claros. Assim, propomos aqui os seguintes questionamentos: Como as fotografias das capas da coleção Sesquicentenária apresentam Montes Claros? E como essas imagens constroem memória de cidade? Como metodologia de análise, comparamos as capas da coleção com as capas originais das obras, para observar se elas eram parecidas, e se nas primeiras apareciam o conceito de cidade. Esse exercício nos proporcionou entender que, nessas imagens, temos uma memória de cidade progressista, uma vez que registram espaços da área central de Montes Claros, onde o comércio é e era ativo e onde estão localizadas as instituições “progressistas” da cidade.</p>Rejane Meireles Amaral Rodrigues
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2025-01-212025-01-2137261164510.14393/cdhis.v37n2.2024.72995Um "distincto brasieliro"
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/64409
<p>O artigo reconstitui a trajetória do negociante, político, filantropo e religioso José Francisco da Silva Albano, o Barão de Aratanha. O objetivo é compreender como se davam os processos de distinção social e enobrecimento na periferia econômica do país, ou seja, na província do Ceará. O recurso teórico-metodológico à noção de trajetória implicou em estabelecer as relações com indivíduos, grupos e instituições no interior de espaços sociais (político, econômico, cultural etc) nos quais o agente é posicionado e se posiciona. Para tanto, recorreu-se a um conjunto de fontes primárias e secundárias: notas biográficas e genealógicas, memórias, documentos oficiais (atas de reuniões, relatórios, ofícios e correspondências das mesas administrativas da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza) e, em especial, as fontes hemerográficas.</p>Alexandre BarbalhoAlisson Freitas da Silva
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2025-01-212025-01-2137264666910.14393/cdhis.v37n2.2024.64409O conflito armado no cinema peruano (1980-2000)
https://seer.ufu.br/index.php/cdhis/article/view/75831
<p>O cinema peruano ressignifica o conflito armado (1980-2000) com discursos que expõem o passado de opressão contra camponeses por parte das Forças Armadas do Peru e de modo ambíguo ou antagônico são apresentadas as violências que se manifestam na insurgência da luta armada dos <em>senderistas</em>. Os filmes como narrativas dessas experiências se definem à urgência de confrontação dos traumas gerados pelo conflito interno e das violências contra indígenas historicamente vividas. Reconstituir a luta armada como resposta às opressões coloniais resulta na pretensão de passar pelo tempo histórico da colonização, rever os genocídios indígenas até se chegar aos assassinatos no conflito armado e ainda entender os precedentes desse passado violento no tempo presente. Por meio da análise fílmica pretendemos chegar ao conhecimento capaz de reacender o que não foi dito no passado e que nos coloca diante dos conflitos e crises do presente. Os dilemas postos pelas narrativas fílmicas, os aspectos determinados pela tensão que se arma entre a produção, o ambiente em que se realiza, o mundo simbólico, e a recepção, todos esses aspectos são significativos para o entendimento da política do cinema peruano em suas abordagens à guerra interna.</p>Ana Daniela de Souza
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Thiago Lenine Tito Tolentino
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