Do preso ao solto: Estudo de caso da identidade afro- infantil através do cabelo
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v37n1.2024.72421Resumo
Este artigo tem como proposta de análise a prática do racismo contra crianças negras pela estética do cabelo afro no ambiente escolar. Busca analisar os estereótipos socialmente construídos em torno dessa estética e de como a escola se constitui de um espaço educacional racista. Analisa a construção de formas representativas dessa forma de preconceito e de como esse aspecto, de forma recorrente, tem se apresentado no espaço escolar. O objetivo do estudo é analisar as representações sociais do cabelo crespo no espaço escolar e de como esse aspecto interfere na autoestima da criança e na valorização de sua estética. O desenho metodológico se constitui a partir de Robert. K. Yin (2001) e Carlos Gil (2007) pela elaboração de um estudo de caso em profundidade a respeito do racismo praticado na escola contra uma criança negra e noticiado pelo jornal Estado de Minas Gerais no dia 23 de junho de 2017. Destacamos os conceitos de racismo associado as práticas de exclusão, discriminação e a estética corporal, enfatizando, principalmente, as ferramentas analíticas dos autores Frantz Fanon (2008); e Kabengele Munanga (2005). Partindo dessa premissa formulamos as questões norteadoras da pesquisa: qual o espaço deve ser dedicado à criança para a valorização do seu fenótipo e empoderamento? Quais são as mudanças que a comunidade escolar precisa fazer para que esse aluno se sinta representado e aceito por seus colegas? Palavras-chave: Escola. Racismo. Criança Negra. Cabelo Afro.