Os Fumetti Tex Willer
leituras e apropriações transnacionais do mito do cowboy estadunidense no Tempo Presente
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v36n1.2023.69280Resumo
Propõe-se nesse artigo reflexões a partir de pesquisas realizadas nas áreas de História e Performances Culturais. A fonte de pesquisa são as Histórias em Quadrinhos (HQs) do personagem italiano Tex Willer, atualmente produzidas pela Sergio Bonelli Editore (SBE), uma criação de Giovanni Luigi Bonelli e Aurelio Galleppini, as quais seguem sendo publicadas desde 1948. Refletimos acerca de um produto de mercado híbrido (CANCLINI, 1999) e transnacional, fruto de culturas convergentes (JENKINS, 2009), que dialogam entre si e produzem tanto faroestes clássicos no cinema hollywoodiano, quanto spaghetti westerns numa ideia de região (BOURDIEU, 2010) aqui explicitada por wilderness. A partir da relação entre os fumetti (quadrinhos italianos) TEX e o cinema, analisou-se as performances dos leitores/fãs brasileiros da revista e suas devolutivas, sejam elas em formato de cartas, de posts (em grupos de Facebook e Instagram), tatuagens, cordéis, objetos pessoais ou mesmo produção de cosplays dos personagens principais das fumetti mais publicadas e mais longevas do gênero faroeste.