A Segunda Guerra Mundial e o ataque de Pearl Harbor nas Histórias em Quadrinhos
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v36n1.2023.69276Resumo
Resumo: Na década de 1940, os Estados Unidos da América ainda não haviam se posicionado (oficialmente) em face a uma possível intervenção bélica na Segunda Guerra Mundial, porém, as capas de muitas histórias em quadrinhos da época, assim como seu conteúdo, já traziam personagens nacionalistas enfrentando as forças do Eixo, manifestando um posicionamento diante da ocorrência da guerra. Essa manifestação é intensificada após o evento de Pearl Harbor (ocorrido em dezembro de 1941), ecoando, ainda que de maneira alegórica, o imaginário estadunidense que clamava por uma reação de sua nação. O presente artigo tem por objetivo analisar os aspectos do intervencionismo nacional estadunidense em algumas capas de histórias em quadrinhos estadunidense publicadas logo após ao evento de Pearl Harbor em comparação aos mangás japoneses do período e sua relação com o nacionalismo exacerbado nipônico. Como conclusão, a partir de Benedict Anderson (2008), Jacques Ranciere (2014) e Richard Hofstadter (2008) inferimos que as estruturas do nacionalismo e patriotismo que organiza essas publicações estão presentes em ambos os países, que mesmo em lados opostos da guerra e com objetivos e ideologias distintos, acabam recorrendo a recursos militaristas e ufanistas para aglutinar pessoas em uma causa de guerra.