A inquisição na França medieval

Narrativas historiográficas nos anais do Vaticano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/cdhis.v34n2.2021.63421

Resumo

O passado é questionado a partir das demandas políticas do presente. A Igreja Católica, como Instituição hegemónica de poder, tem recorrido à ressignificação da sua memória como ferramenta de atualização política. Sob uma perspectiva teológica, a purificação da memória foi promovida pelo Grande Jubileu na primeira metade da década de 1990, tendo como uma de suas pautas a História das Inquisições. Pela primeira vez, em 1998, o antigo Arquivo Secreto Vaticano abriu as suas portas para a investigação acadêmica, promovendo um debate entre História e Teologia, a partir de documentos inquisitoriais. Pretende-se discorrer acerca das narrativas historiográficas sobre a história da inquisição medieval francesa segundo os Anais publicados em 2003. Buscar-se-á analisar as justificativas teológicas defendidas pelos investigadores, bem como a questão da memória, percebendo os elementos que sustentam tais discursos.

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Biografia do Autor

Isa Maria Moreira Liz, Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL)

Mestranda em História Moderna e Contemporânea pela Universidade de Lisboa (FLUL) e Historiadora formada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desenvolvendo investigação acerca das confissões e denúncias de mulheres nas visitações do Santo Ofício ao Brasil (1591-1769) e suas formas de resistência. Foi pesquisadora bolsista PIBIC/CNPq do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH) no projeto Políticas da emoção e do gênero na resistência às ditaduras militares no Cone Sul e integrante do projeto Mulheres de luta: feminismo e esquerdas no Brasil (1964-1985), com ênfase nas relações das freiras e da Igreja Católica à ditadura.

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Publicado

31-12-2021

Como Citar

Moreira Liz, I. M. (2021). A inquisição na França medieval: Narrativas historiográficas nos anais do Vaticano. Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 34(2), 99–127. https://doi.org/10.14393/cdhis.v34n2.2021.63421

Edição

Seção

Dossiê Revisionismos, negacionismos e usos políticos do passado