Tambores da Resistência

o Maracatu de Baque Virado como Patrimônio Cosmológico

Autores

  • Walter Francisco Figueiredo Lowande UNIFAL-MG
  • Camila Silva Bueno UNIFAL-MG

DOI:

https://doi.org/10.14393/cdhis.v33n1.2020.55126

Resumo

Argumentamos que a ideia de “patrimônio cultural” está diretamente atrelada à consolidação das sociedades modernas, funcionando como um dispositivo fundamental para a cisão ontológica entre humanidade e natureza que caracteriza a modernidade. Considerando que esta cosmovisão nos conduziu à catastrófica época geológica do Antropoceno, propomos a adoção de um dispositivo substituto, o “patrimônio cosmológico”, que nos permita aprender com visões de mundo e experiências do tempo extramodernas sobre como compor coletivos de humanos e não-humanos a fim de resistirmos ao caráter destrutivo da modernidade. Por fim, descrevemos algumas das práticas do grupo percussivo Maracatu Muiraquitã, da cidade de Alfenas, MG, com o objetivo de demonstrar como é possível construir aprendizados significativos, por meio da observação experimental de composições cosmopolíticas extramodernas, que nos permitam construir futuros alternativos à reprodução do sistema produtivo moderno/ocidental/capitalista.

Palavras-chave: Patrimônio cosmológico. Maracatu de Baque Virado. Antropoceno.

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Biografia do Autor

Camila Silva Bueno, UNIFAL-MG

Graduanda em Ciências Sociais pela UNIFAL-MG. Pesquisadora do PIVIC/UNIFAL-MG.

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Publicado

24-06-2020

Como Citar

Figueiredo Lowande, W. F., & Bueno, C. S. (2020). Tambores da Resistência: o Maracatu de Baque Virado como Patrimônio Cosmológico. Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 33(1), 91–119. https://doi.org/10.14393/cdhis.v33n1.2020.55126

Edição

Seção

Dossiê Patrimônio Cultural, lugares de memória e usos do passado