Africanidades, corporeidade e opacidade nos primórdios da história da imprensa ilustrada
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v32n1.2019.49246Resumo
Este artigo se propõe a analisar parte específica da produção da imprensa ilustrada na Bahia, especialmente do jornal A Coisa (1897-1904), o caráter de seus textos com temáticas africana e afro-brasileira, pensando a autoria organizada por grupos de redatores amigos com propósitos ideológicos consonantes à segmentação impulsionada por países como a França e os Estados Unidos. Ao perceber a efetiva atuação de Arthur Arezio da Fonseca, redator e caricaturista negro, assim como a presença de nomes e estereotipia produzidos por e sobre africanos e seus descendentes, interessei-me por analisar como a temática das africanidades e da corporeidade étnica se deu de forma comprometida e distanciada, de modo a contribuir para a opacidade ou visibilidade de determinados padrões na imprensa ilustrada produzida na Bahia.