Ópio e memória ou sobre o retorno do esquecimento
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v30n2.2017.41685Resumo
O texto sugere uma retomada das considerações propostas recentemente pela historiadora Lorena Lopes da Costa, a partir de sua leitura dos poemas de Homero, onde defende que a noção antiga de xénos [hóspede/ anfitrião/ estrangeiro] poderia ser compreendida como imagem da relação existente entre todo historiador e o passado que ele pesquisa, estuda e, eventualmente, narra. Valendo-me de uma ambiguidade existente no interior da relação de xenía [hospitalidade] - mas cuja amplitude se dá a ver até na poesia contemporânea (como no caso de Paul Celan) -, desdobro uma série de considerações que problematizam e aprofundam as sugestões de Costa. A xenía pode ser tomada - numa chave analógica ou alegórica - como a imagem da relação entre o historiador e o passado, mas é preciso que se atente para os múltiplos riscos implicados por essa relação (inclusive por toda relação entre o historiador e o passado).Downloads
Publicado
12-04-2018
Edição
Seção
Dossiê
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Ópio e memória ou sobre o retorno do esquecimento. (2018). Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 30(2). https://doi.org/10.14393/cdhis.v30n2.2017.41685