Ópio e memória ou sobre o retorno do esquecimento

Autores

  • Rafael Guimarães Tavares da Silva

DOI:

https://doi.org/10.14393/cdhis.v30n2.2017.41685

Resumo

O texto sugere uma retomada das considerações propostas recentemente pela historiadora Lorena Lopes da Costa, a partir de sua leitura dos poemas de Homero, onde defende que a noção antiga de xénos [hóspede/ anfitrião/ estrangeiro] poderia ser compreendida como imagem da relação existente entre todo historiador e o passado que ele pesquisa, estuda e, eventualmente, narra. Valendo-me de uma ambiguidade existente no interior da relação de xenía [hospitalidade] - mas cuja amplitude se dá a ver até na poesia contemporânea (como no caso de Paul Celan) -, desdobro uma série de considerações que problematizam e aprofundam as sugestões de Costa. A xenía pode ser tomada - numa chave analógica ou alegórica - como a imagem da relação entre o historiador e o passado, mas é preciso que se atente para os múltiplos riscos implicados por essa relação (inclusive por toda relação entre o historiador e o passado).

Biografia do Autor

  • Rafael Guimarães Tavares da Silva
    Mestrando do Programa de Pós-graduação em Estudos Literários (Pós - Lit) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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Publicado

12-04-2018

Edição

Seção

Dossiê

Como Citar

Ópio e memória ou sobre o retorno do esquecimento. (2018). Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 30(2). https://doi.org/10.14393/cdhis.v30n2.2017.41685