Os Lotófagos da Odisseia ou sobre o esquecimento do retorno
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v30n2.2017.41684Resumo
O atual momento brasileiro, de grave crise política, duvida da utilidade do conhecimento sobre o passado, levando muitos de nós, historiadores e historiadoras, a questionarmos o significado e o modo de fazermos História. Nesse sentido, valendo-me especialmente da Odisseia, mas também da discussão de Jeanne-Marie Gagnebin sobre o testemunho e ainda do relato de Primo Levi sobre Auschwitz, permito-me fazer uma reflexão alegórica sobre o que é narrar o passado, bem como sobre o público com quem desejamos compartilhar tal conhecimento. A discussão centra-se na noção de xenía, uma vez que estabelecemos uma relação dupla com aqueles que recebem nosso trabalho, os quais, dependendo exatamente da forma com que nos recebem, podem ou não pôr em xeque nossa tarefa.Downloads
Publicado
12-04-2018
Edição
Seção
Dossiê
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Os Lotófagos da Odisseia ou sobre o esquecimento do retorno. (2018). Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 30(2). https://doi.org/10.14393/cdhis.v30n2.2017.41684