O historiador no "reino das palavras": a língua como arquivo, a palavra como fonte
DOI:
https://doi.org/10.14393/cdhis.v25i2.17839Palavras-chave:
Historiografia, História da África, Metodologia, Linguística Histórica, Historia Social da linguagemResumo
Resumo: Além dos motivos apontados no parecer da lei 10.639/2003, que dizem respeito a importância da história afro-brasileira e africana para promoção de igualdade "étnico-racial" e melhor compreensão da historia do país, os estudos africanos devem ser compreendidos como fundamentais à política científica das Ciências Humanas no Brasil, por terem sido responsáveis, na segunda metade do século XX, por trazerem novas questões epistemológicas e metodológicas a essas disciplinas, em especial à própria historiografia. Para superar o desafio de contar a história de sociedades e grupos sociais ágrafos ou desvelar processos históricos cuja profundidade temporal estava além da existência de registros escritos, historiadores de Ãfrica fizeram avanços metodológicos consideráveis, através do esforço interdisciplinar. Neste artigo, busco mostrar a importância de se perceber a "língua como arquivo" para historiadores, sobretudo para aqueles que trabalham com grupos subalternos, povos sem escrita, ou processos muitíssimos recuados no tempo. Ao entender a "língua como um arquivo", a historiografia sobre Ãfrica teve papel predominante não apenas para retomar a utilização das evidências linguísticas como mais uma ferramenta do ofício do historiador, uma aposta que havia sido feita por Lucien Febvre, como desdobrou todas as capacidades deste contato interdisciplinar para levantar e buscar respostas a processos históricos de longa duração.Downloads
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Publicado
02-02-2013
Como Citar
Leitão de Almeida, M. A. (2013). O historiador no "reino das palavras": a língua como arquivo, a palavra como fonte. Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 25(2). https://doi.org/10.14393/cdhis.v25i2.17839
Edição
Seção
Fontes históricas: da organização de acervos à prática de pesquisa