O Historiador como Passeur: considerações sobre Michel de Certeau e o ofício do historiador

Autores

  • João Rodolfo Munhoz Ohara Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.14393/cdhis.v25i2.15152

Palavras-chave:

escrita da história, narrativa, Michel de Certeau

Resumo

Ao publicar L'écriture de l'histoire (1975), Michel de Certeau apontou para os problemas de se desconsiderar o fazer historiográfico como uma prática ligada a um lugar social e a determinados procedimentos de escrita. Com L'invention do Quotidien (1980), Certeau explorou as tensões provocadas pelo uso, argumentando que uma determinada prática é capaz de subverter e jogar com as imposições, jamais sendo redutíveis a elas; as práticas que ele chama de espaciais ocupam uma boa parte desta obra. Apontamos aqui a convergência dos temas do lugar social de produção em sua crítica à historiografia e do lugar como espaço praticado em sua análise do cotidiano a fim de sugerir uma hipótese: a partir da leitura mais abrangente da obra de Certeau, pensamos ser possível refletir sobre o trabalho do historiador a partir de uma metáfora espacial. Para tanto, exploraremos inicialmente a análise de Certeau sobre a "Operação Historiográfica", ligando-a ao estudo do uso do espaço em "A Invenção do Cotidiano", e finalmente tomaremos tal estudo como metáfora ao ligar o "lugar social de produção" com o conceito de "lugar" tal como compreendido na segunda obra abordada.

Biografia do Autor

  • João Rodolfo Munhoz Ohara, Universidade Estadual de Londrina
    Graduado em História (2010) pela UEL. Aluno do mestrado em História Social (2011-2012) pela UEL.

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Publicado

02-02-2013

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O Historiador como Passeur: considerações sobre Michel de Certeau e o ofício do historiador. (2013). Cadernos De Pesquisa Do CDHIS, 25(2). https://doi.org/10.14393/cdhis.v25i2.15152