Nuevo descubrimiento del gran Río de las Amazonas (1641), de Cristóbal de Acuña, e Viagem (1746), de Pedro de Santo Eliseu: história, poesia e política sobre o Rio das Amazonas

Autores

  • Marcelo Lachat

DOI:

https://doi.org/10.14393/artc-v21-n38-2019-50164

Palavras-chave:

séculos XVII e XVIII, relação e epopeia, Rio das Amazonas

Resumo

Este trabalho propõe-se a discutir dois textos: a relação intitulada Nuevo descubrimiento del gran Río de las Amazonas (1641), de Cristóbal de Acuña, e a epopeia Viagem (1746), de Pedro de Santo Eliseu. As discussões propostas baseiam-se em preceptivas retóricas e poéticas e em concepções teológico-políticas pertinentes aos Impérios espanhol e português dos séculos XVI a XVIII. Assim, pretende-se evidenciar que, naquela relação do padre jesuíta espanhol e nesta epopeia do frade carmelita português, as representações do Rio das Amazonas são feitas de história, poesia e política, visando à concórdia entre os membros do corpo místico do Reino.

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Biografia do Autor

Marcelo Lachat

Doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do Departamento de Letras e do Programa de Pós-graduação em Letras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).  Autor do livro Saudades de Lídia e Armido, poema atribuído a Bernardo Vieira Ravasco: estudo e edição. São Paulo: Alameda, 2018.

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Publicado

2019-06-12

Como Citar

Lachat , M. . (2019). Nuevo descubrimiento del gran Río de las Amazonas (1641), de Cristóbal de Acuña, e Viagem (1746), de Pedro de Santo Eliseu: história, poesia e política sobre o Rio das Amazonas. ArtCultura, 21(38), 107–122. https://doi.org/10.14393/artc-v21-n38-2019-50164

Edição

Seção

Dossiê: História & poesia épica