A descrição poética da urbs e a Convenção dos Heróis Fundadores no Livro VIII da Eneida: Hércules, Evandro e Eneias
DOI:
https://doi.org/10.14393/artc-v21-n38-2019-50158Palabras clave:
Eneida, temporali-dades narrativas, RomaResumen
Neste artigo analisamos um trecho do livro Viii da Eneida no qual o herói troiano visita o sítio da futura Roma, sendo acolhido pelo grego Evandro, fundador de Palanteu, na mesma ocasião em que os árcades comemoram a passagem de hércules pelo lácio. Das margens do tibre até o Palatino, o anfitrião conduz o hospede troiano por espaços que eram familiares ao público da epopeia. A partir do procedimento histórico hermenêutico, problematizamos as escolhas do poeta na compilação de narrativas fundacionais distintas que oferecem, por sua vez, uma etiologia para os monumentos e espaços religiosos da urbs: entre outros, ara Máxima, lupercal, Porta carmental, capitólio. Diferentemente das narrativas de viagem, a construção poética de roma no livro Viii da Eneida reúne aspectos de distintas temporalidades da mesma cidade. com o propósito de compreendermos as referências topográficas da Eneida, para além da análise hermenêutica e exegética do texto latino, dialogamos com a documentação contemporânea a Virgílio, como as obras de Tito Lívio, Dionísio de Halicarnasso, assim como os dados fornecidos pela arqueologia.
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