Cultura e arte no MST em tempos de globalização neoliberal
Abstract
Arte e cultura desempenham um papel fundamental na atuação política do MST e podem se converter num elemento-chave de resistência ao que o movimento considera uma homogeneização cultural em torno de atributos oriundos de um país em particular: os Estados Unidos. Isso estaria se intensificando com o processo atual de globalização, principalmente em sua vertente neoliberal. Em resposta a essa tendência, o MST tem procurado promover expressões culturais baseadas nas tradições populares brasileiras, de forma a se contrapor tanto à influência cultural norte-americana quanto a uma homogeneização estética pela qual a indústria cultural seria a maior responsável. Porém, o movimento corre o risco de cair num essencialismo que pode impedir a multiplicidade que seria ela própria um obstáculo à  homogeneização, e ao reduzir a estética a uma prática política confere à  arte o estatuto de mero instrumento pedagógico.
palavras-chave: sem-terra; indústria cultural; globalização.
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