Impacto do Disclosure no Risco e no Valor das Companhias Brasileiras de Capital Aberto
PDF Português (Português (Brasil))
PDF English (English)

Palabras clave

Disclosure
Gestão de Risco
Valor de Empresas
Transparência
Empresas Brasileiras

Cómo citar

Silva, V. P., & Muntaser, J. (2020). Impacto do Disclosure no Risco e no Valor das Companhias Brasileiras de Capital Aberto. Management in Perspective, 1(1), 34–58. https://doi.org/10.14393/MIP-v1n1-2020-46836

Resumen

O objetivo deste estudo é analisar a influência do disclosure no risco e no valor de empresas brasileiras não financeiras de capital aberto no período de 2011 a 2015. O disclosure foi medido a partir de relatórios anuais nos sites das empresas; a presença de uma sessão relacionada aos fatores de risco que podem influenciá-las e a disponibilidade de informações relacionadas ao risco, criação de valor e projeções. As variáveis de risco foram medidas pelo Beta, pelo Custo Médio Ponderado de Capital (WACC) e pela volatilidade das ações. O valor das empresas foi mensurado pelo Índice Market-to-Book, pelo valor de mercado das companhias e pelo Q de Tobin. Os resultados mostram que as empresas investigadas apresentam baixo nível de divulgação de informações no período estudado. A análise de regressão com dados em painel mostrou relação positiva e significativa entre a adesão aos níveis diferenciados de Governança Corporativa (GC) da BM&FBovespa e o Custo Médio Ponderado de Capital. Entretanto, quando o nível de GC foi ponderado pela disponibilidade de uma sessão específica destinada aos fatores de risco, obteve-se uma relação negativa e significativa entre essa variável e o WACC. Adicionalmente, constatou-se uma relação negativa significativa entre a GC e o risco sistemático das ações (BETA). O disclosure e a GC não apresentaram relação estatisticamente significante com o valor. O estudo avalia a transparência no processo de comunicação entre gestores e acionistas de empresas brasileiras e mostra o papel da divulgação voluntária para os tomadores de decisão.

https://doi.org/10.14393/MIP-v1n1-2020-46836
PDF Português (Português (Brasil))
PDF English (English)

Citas

Almeida, M. A. & Santos, J. F. (2016). Estrutura de capital e divulgação voluntária de informações de responsabilidade social corporativa das empresas brasileira. Revista de Ciências da Administração, 18(45), 109-126. https://doi.org/10.5007/2175-8077.2016v18n45p109

Alves, L. C., Gonçalves, F. V., & Peixoto, F. M. (2014). Risco e transparência no Brasil: um estudo sobre o gerenciamento de resultados. Revista Brasileira de Administração Científica, 5(3), 203-221. https://doi.org/10.6008/SPC2179-684X.2014.003.0012

Baum, C. F. (2001). Residual diagnostics for cross-section time series regression models. Stata Journal, 1(1), 101-104. https://doi.org/10.1177/1536867X0100100108

Bertomeu, J., Beyer, A., & Dye, R. A. (2011). Capital structure, cost of capital, and voluntary disclosures. The Accounting Review, 86(3), 857-886. https://doi.org/10.2308/accr.00000037

BM&FBovespa. Bolsa De Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo. Diretrizes de governança corporativa. Recuperado de http://ri.bmfbovespa.com.br/fck_temp/26_2/Diretrizes_de_Governanca_Corporativa_da_BMFBOVESPA.pdf.

Bushman, R. M. & Smith, A. J. (2003). Transparency, financial accounting information, and corporate governance. Economic Policy Review, 9(1), 65-87.

Carvalhal-da-Silva, A. L. & Leal, R. P. C. (2005). Corporate Governance Index, firm valuation and performance in Brazil. Revista Brasileira de Finanças, 3(1), 1–18.

Castro Junior, F. H. F., Conceição, P. M., & Santos, D. (2011). A relação entre o nível voluntário de transparência e o custo de capital próprio das empresas brasileiras não financeiras, Revista Eletrônica de Administração, 70(3), 617-635. https://doi.org/10.1590/S1413-23112011000300002

Chung, K. H. & Pruitt, S. W. (1994) A simple approximation of Tobin's Q. Financial Management, 23(3), 70-74. https://doi.org/10.2307/3665623

Damodaran, A. (2002). Finanças corporativas aplicadas. Porto Alegre: Bookman.

Dantas, J. A., Zendersky, H. C., Santos, S. C., & Niyama, J. K. (2005). A dualidade entre os benefícios do disclosure e a relutância das organizações em aumentar o grau de evidenciação. Economia e Gestão, 5(11), 56-76.

Doná, A. L., Marques, K. C. M., Moribe, A. M., & Hercos Junior, J. B.(2015). Fatores determinantes do conteúdo divulgado no relatório de administração de empresas brasileiras. Revista Universo Contábil, 11(4), 82-106. https://doi.org/10.4270/ruc.2015433

Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projetos de Pesquisa. São Paulo: Atlas.

Greene, W. H.(2008). Econometric Analysis. Upper Saddle River: Prentice Hall.

Guay, W. R. & Verrecchia, R. E. (2018). Conservative disclosure. Journal of Financial Reporting, 3(1), 73-92. https://doi.org/10.2308/jfir-52051

Hausman, J. A. (1978). Specification tests in econometrics. Journal Of The Econometric Society, 46(6), 1251-1271. https://doi.org/10.2307/1913827

Holtz, L. & Sarlo Neto, A. (2014). Efeitos das características do conselho de administração sobre a qualidade da informação contábil no Brasil. Revista Contabilidade & Finanças, 25(66), 255-266. https://doi.org/10.1590/1808-057x201412010

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (2015). Código das melhores práticas de governança corporativa. Recuperado de http://www.ibgc.org.br/userfiles/2014/files/CMPGPT.pdf.

Iyengar, S. & Lepper, M. (2000). When Choice is Demotivating: Can One Desire Too Much of a Good Thing? Journal of Personality and Social Psychology, 76(6), 995-1006. https://doi.org/10.1037/0022-3514.79.6.995

Jensen, M. C. & Meckling, William H.(1976). Theory of the Firm: Managerial Behavior, Agency Costs, and Capital Structure. Journal of Financial Economics, 3(4), 305-360. https://doi.org/10.1016/0304-405X(76)90026-X

Kennedy, P. (2009). Manual de Econometria. Rio de Janeiro: Campus Elsevier.

Lameira, V. J.(2012). As Relações entre Governança e Risco nas Companhias Abertas Brasileiras. Revista Brasileira de Gestão de Negócios, 14(42), 7-25.

Langer, E. J. & Rodin, J. (1976). The Effects of Choice and Enhanced Personal Responsibility for the Aged: A Field Experiment in an Institutional Setting. Journal of Personality and Social Psychology, 34(2), 191-198. https://doi.org/10.1037/0022-3514.34.2.191

Lanzana, A. P., Silveira, A. D. M., & Famá, R.(2006, setembro). Existe Relação entre Disclosure e Governança Corporativa no Brasil? Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, EnANPAD. Salvador, BA. Brasil, 30.

Leuz, C. & Wysocki, Peter D. (2016). The economics of disclosure and financial reporting regulation: Evidence and suggestions for future research. Journal of Accounting Research, 54(2), 525-622. https://doi.org/10.1111/1475-679X.12115

Lopes, A. B. & Walker, M. (2008). Firm-Level Incentives and the Informativeness of Accounting Reports: An Experiment in Brazil. Working Paper. Recuperado de http://ssrn.com/abstract=1095781.

Malacrida, M. J. C. & Yamamoto, M. M. (2006). Governança Corporativa: nível de evidenciação das informações e sua relação com a volatilidade das ações do Ibovespa. Revista Contabilidade & Finanças. Ed. Comemorativa, 65-79. https://doi.org/10.1590/S1519-70772006000400006

Marques, V. A., Silva, F. G. D., Louzada, L. C., Amaral, H. F., & Souza, A. A. (2015). Qualidade informacional e nível de transparência: um estudo entre empresas ganhadoras e não ganhadoras do troféu transparência Fipecafi-Serasa Experian. Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 14(2), 769-796. https://doi.org/10.18593/race.v14i2.5912

Michelon, G., Pilonato, S. & Ricceri, F. (2015). CSR reporting practices and the quality of disclosure: An empirical analysis. Critical perspectives on Accounting, 33(C), 59-78. https://doi.org/10.1016/j.cpa.2014.10.003

Moreira, R. L., Colauto, R. D. & Amaral, H. F. (2010). Conservadorismo condicional: estudo a partir de variáveis econômicas. Revista Contabilidade & Finanças, 21(54), 64-84. https://doi.org/10.1590/S1519-70772010000300006

Peixoto, F. M. (2012). Governança corporativa, desempenho, valor e risco: estudo das mudanças em momentos de crise (Tese de Doutorado). Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Perobelli, F. F. C., & Ness Jr., W. L. (2000, setembro). Reações do mercado acionário a variações inesperadas nos lucros das empresas: um estudo sobre a eficiência informacional no mercado brasileiro. Anais do Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. EnANPAD, Florianópolis, SC, Brasil, 24.

ROCHA, C. F. P.; PROCIANOY, J. L. (2004). Disclosure das companhias abertas brasileiras: um estudo exploratório. GESTÃO.Org - Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 2(3), 1-14.

Schadewitz, H. J. & Blevins, D. R. (1998). Major Determinants of Interim Disclosures in an emerging market. American Business Review, 16(1), 41-55.

Schulz, R. (1976). Effects of Control and Predictability on the Physical and Psychological Well-being of the Institutionalized Aged. Journal of Personality and Social Psychology, 33(5), 563-573. https://doi.org/10.1037/0022-3514.33.5.563

Silveira, A. D. M. (2004). Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade: determinantes e relação com o desempenho das empresas no Brasil (Tese de Doutorado), Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Skaife, H. A., Collins, D. W., & Lafond, R. (2004). Corporate Governance and the Cost of Equity Capital. Working Paper. Recuperado de SSRN de http://ssrn.com/abstract=639681.

Wong, S. C. Y. (2009).Uses and Limits of Conventional Corporate Governance Instruments: Analysis and Guidance for Reform (Integrated version). Recuperado de Private Sector Opinion, Global Corporate Governance Forum de http://ssrn.com/abstract=1409370.

Wooldridge, J. M. (2002). Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. London: MIT Press.

São políticas de direitos autorais da MiP:

I - ao enviar o material para publicação, os autores automaticamente abrem mão de seus direitos autorais, conforme normas Creative Commons, adotada pela revista;

II - os artigos que não forem aprovados para publicação na revista, não terão os direitos autorais retidos;

III - é proibida a tradução de artigos publicados na Revista para outro idioma sem a autorização por escrito do Editor(a)-chefe e detentores dos direitos autorais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.