Corpo e Museus em tempos de pandemia

uma poética da ausência

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.14393/HTP-v3n1-2021-59309

Mots-clés :

Corporeidade, Museu, Memória, História, Língua

Résumé

O estudo apresenta uma reflexão de natureza discursiva sobre os efeitos de sentidos de corporalidade em visita virtual a uma sala do Museu de Arte Sacra São João del-Rei, de Minas Gerais. Para tanto, discutimos a noção ‘poética da ausência’ em decorrência do quadro da Pandemia de COVID-19 no ano de 2020 (que se prolonga a 2021), bem como sobre a ‘performatividade’ do corpo. Advogamos em prol da tese de que a narratividade da visita virtual sublima o corpo, recompondo-o em seus olhares e pontos de atenção. Esse é um movimento que tende a reduzir as tensões da verdade projetando uma só história sob pretensa aura de pacificidade de linguagem. Esse movimento de leitura está, enfim, sob o julgo da ordem do discurso.

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Maria Cleci Venturini, Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro / Universidade Federal do Paraná -UFPR

Professora Associada C, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Docente dos programas de pós-graduação em Letras da Unicentro e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Bolsista produtividade da Fundação Araucária.

Rafael Fernandes, Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Unioeste

Doutor em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), docente do Departamento de Letras da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE).

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Publié-e

2021-06-15

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VENTURINI, M. C.; FERNANDES, R. . Corpo e Museus em tempos de pandemia: uma poética da ausência. Revista Heterotópica, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 208–229, 2021. DOI: 10.14393/HTP-v3n1-2021-59309. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/RevistaHeterotopica/article/view/59309. Acesso em: 23 juill. 2024.