Agroecologia como estratégia política, produtiva e ambiental para a defesa de uma reforma agrária popular
DOI:
https://doi.org/10.14393/REE-2020-54361Palavras-chave:
Agroecologia, Reforma Agrária Popular, Reconhecimento socialResumo
Pode o movimento e a prática agroecológica se apresentar como um projeto de desenvolvimento, como estratégia política, produtiva e ambiental que, ao mesmo tempo, se contraponha à destruição ambiental e social promovida pelo latifúndio e evidencie a importância de uma reforma agrária popular? Para refletir sobre essa questão, foi proposta uma Roda de Conversa durante a V Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (JURA), que aconteceu entre 8 e 10 de maio de 2019, na Universidade Federal de Uberlândia. Os participantes entenderam que a agroecologia, ao se contrapor ao modelo vigente, supera a ideia de ser somente uma alternativa para produzir alimentos, e busca a transformação da sociedade de forma a garantir melhores condições de vida às pessoas do campo e da cidade. Nesse processo, a reforma agrária pode ser conhecida pelo seu real lado, a partir do reconhecimento dos trabalhadores que lutam pelo direito a terra, por um meio ambiente preservado e relações sociais justas para todos, sem as mistificações da mídia hegemônica.
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