PADRONIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DO ELISA INDIRETO PARA DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE BOVINA UTILIZANDO COMO ANTÍGENO LIPOPOLISSACARÍDEO E EXTRATO PROTÉICO SOLÚVEL DE Brucella abortus

Authors

  • Pollyanna Mafra Soares
  • João Helder Frederico de Faria Naves
  • Tatiane Cristina Fernandes Tavares
  • Mariana Assunção Souza
  • Dayane Olímpia Gomes
  • Muriell Ribeiro Ganda
  • Mayara Mafra Soares
  • Anna Monteiro Correia Lima-Ribeiro

Abstract

A brucelose é uma zoonose de distribuição mundial, acarreta problemas sanitários importantes e prejuízos econômicos vultuosos a pecuária. A vacinação de fêmeas bovinas de 3 a 8 meses de idade e o sacrifício obrigatório de animais sororreagentes são importantes medidas de controle desta doença, descritas sob forma de lei através do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT). Visto a obrigatoriedade da eliminação dos animais sororreagentes e a inexistência de um teste preciso para detecção da doença, objetivou-se padronizar e validar dois ensaios imunoenzimáticos indiretos (iELISA) para o diagnóstico da brucelose bovina, capaz de diferenciar animal recém-vacinado de naturalmente infectado, utilizando como antígeno Lipopolissacarideo (LPS) e Extrato Protéico Solúvel (EPS), ambos extraídos da cepa 1119-3 de Brucella abortus. Para padronização utilizou-se duas concentrações dos antígenos; diferentes diluições de um pool de amostras negativas para brucelose, positivas de fêmeas bovinas recém-vacinadas contra brucelose e outro de fêmeas bovinas naturalmente infectadas para brucelose; e duas diluições de anticorpo secundário. Após serem padronizados, os testes foram validados com 96 amostras de soros sanguíneos de bovinos previamente testados pelo Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e 2-Mercaptoetanol (2-ME), sendo 64 positivas (fêmeas bovinas naturalmente infectadas e recém-vacinadas) e 32 negativas. Os cálculos estatísticos foram feitos separando-se os grupos de amostras positivas de fêmeas bovinas naturalmente infectadas e de fêmeas bovinas recém-vacinadas. Para comparação entre os resultados dos testes foi usado o coeficiente kappa. Calculou-se a sensibilidade e a especificidade em relação ao 2-ME. Os testes iELISA/LPS e iELISA/EPS para amostras de soro de fêmeas bovinas naturalmente infectadas, e iELISA/LPS para amostras de soros de fêmeas bovinas recém-vacinadas, tiveram alta sensibilidade e especificidade, e concordância excelente com o 2-ME, porém não foi capaz de diferenciar animais recém-vacinados de naturalmente infectados, ao contrário do iELISA/EPS para amostras de soros de fêmeas bovinas recém-vacinadas, capaz de fazer esta diferenciação, porém com baixa sensibilidade e fraca concordância com o 2-ME. Constatou-se que o EPS pode se tornar um potencial antígeno para testes diagnósticos de brucelose.

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Published

2013-06-06

How to Cite

Soares, Pollyanna Mafra, João Helder Frederico de Faria Naves, Tatiane Cristina Fernandes Tavares, Mariana Assunção Souza, Dayane Olímpia Gomes, Muriell Ribeiro Ganda, Mayara Mafra Soares, and Anna Monteiro Correia Lima-Ribeiro. 2013. “PADRONIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DO ELISA INDIRETO PARA DIAGNÓSTICO DE BRUCELOSE BOVINA UTILIZANDO COMO ANTÍGENO LIPOPOLISSACARÍDEO E EXTRATO PROTÉICO SOLÚVEL DE Brucella Abortus”. Veterinária Notícias 18 (2.SUP). Uberlândia, Brazil. https://seer.ufu.br/index.php/vetnot/article/view/22876.

Issue

Section

Epidemiology and Public Health