AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE RICOTAS FRESCAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE NITERÓI, RIO DE JANEIRO, BRASIL

Authors

  • Kênia de Fátima Carrijo Médica Veterinária, Dra. Professora Adjunta, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Rua Ceará, s/n, Bloco 2D, sala 29, Jardim Umuarama, Uberlândia-MG, CEP 38405-315. keniacarrijo@famev.ufu.br
  • Fernanda Lima Cunha Médica Veterinária autônoma, Dra. Cooperativa de Médicos Veterinários do Estado do Rio de Janeiro (UNIMEV-RIO).
  • Monique da Silva Neves Médica Veterinária. Mestranda em Ciência Animal, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
  • Priscila Nogueira de Souza Ferreira Médica Veterinária autônoma, Pós-graduanda em Segurança Alimentar e Qualidade Nutricional, Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).
  • Emilia do Socorro Conceição de Lima Nunes Médica Veterinária, Dra. Professora Ajunta, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Pará
  • Robson Maia Franco Médico Veterinário, Dr. Professor Adjunto, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Faculdade de Veterinária, Universidade Federal Fluminense (UFF)
  • Raquel Milhomem Médica Veterinária, Mestranda em Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
  • Francesca Silva Dias Nobre Médica Veterinária, Dra. Professora Ajunta, Colegiado de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF).

Keywords:

Queijo ricota, Controle microbiológico, Controle físico-químico, Qualidade

Abstract

Ricota fresca é um derivado lácteo obtido da albumina do soro de queijos, adicionado de leite em até 20% de seu volume, tratado termicamente e acidificado. Pelo fato de não possuir um regulamento técnico que estabeleça padrões, este trabalho objetivou avaliar parâmetros físico-químicos e microbiológicos de ricotas frescas comercializadas no município de Niterói-RJ. Todas as análises demonstraram elevado percentual de umidade, variando de 59,38% a 74,66%, sendo então classificadas como "queijo de muito alta umidade" (umidade acima de 55%). O percentual de cinzas oscilou de 0,8 a 3,9%. O maior teor de acidez foi de 0,495% com pH 4,7 e o menor foi de 0,153% e pH de 6,20. Sólidos totais variaram de 25,34% a 40,62%. As contagens de Staphylococcus spp. variaram de 6,3x104 a 9,1x1010UFC/g, sendo que 50% das amostras possuíam Staphylococcus coagulase positiva. As contagens de bolores e leveduras variaram de 8,3x107 a 3,6x1010UFC/g. Todas as amostras foram negativas para Salmonella sp. e possuíam contagens acima de 5x102 NMP/g para coliformes termotolerantes, sendo confirmada Escherichia coli em 30% delas. Em função da variação físico-química, ressalta-se a necessidade de estabelecimento de um padrão de identidade e qualidade específico para este produto. A verificação de que todas as amostras encontram-se em desacordo com os padrões para coliformes termotolerantes, metade para Staphylococcus coagulase positiva e altas contagens de bolores e leveduras, torna-as impróprias para consumo, colocando em risco a saúde do consumidor. Faz-se necessário um maior rigor no processamento desse produto através da revisão e monitoramento das boas práticas de fabricação.

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Author Biography

Kênia de Fátima Carrijo, Médica Veterinária, Dra. Professora Adjunta, Faculdade de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Rua Ceará, s/n, Bloco 2D, sala 29, Jardim Umuarama, Uberlândia-MG, CEP 38405-315. keniacarrijo@famev.ufu.br

Professora Adjunta da Faculdade de Medicina Veterinária na área de Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal

Published

2013-04-11

How to Cite

Carrijo, Kênia de Fátima, Fernanda Lima Cunha, Monique da Silva Neves, Priscila Nogueira de Souza Ferreira, Emilia do Socorro Conceição de Lima Nunes, Robson Maia Franco, Raquel Milhomem, and Francesca Silva Dias Nobre. 2013. “AVALIAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE RICOTAS FRESCAS COMERCIALIZADAS NO MUNICÍPIO DE NITERÓI, RIO DE JANEIRO, BRASIL”. Veterinária Notícias 17 (2). Uberlândia, Brazil. https://seer.ufu.br/index.php/vetnot/article/view/21733.