COMPORTAMENTO DE VACAS MESTIÇAS HOLANDÊS X ZEBU, PORTADORAS DE DOENÇAS DIGITAIS, EM SISTEMA INTENSIVO (RESULTADOS PARCIAIS)
Keywords:
Dermatite digital, produtividade, sistema intensivo, bovino.Abstract
A dermatite digital bovina é considerada um dos principais obstáculos econômicos e produtivos à bovinocultura, que direta ou indiretamente pode levar a alterações do comportamento dos animais e conseqüentemente comprometimento do desempenho produtivo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento de vacas leiteiras portadoras de dermatite digital em comparação a vacas saudáveis. O estudo está sendo desenvolvido em uma propriedade rural do Estado de Goiás, entre os meses oito e nove de 2006, avaliando-se o comportamento de 20 vacas mestiças Holandês X Zebu, em lactação, manejadas intensivamente, divididas em dois grupos (GI e GII), com dez animais cada. Os animais saudáveis foram alocados no GI, enquanto que as vacas portadoras de lesões digitais em diferentes graus, foram alocadas no GII. As observações foram realizadas por três profissionais, durante três dias consecutivos, no período diurno entre seis e 18horas, com intervalos de 10 minutos. Foram avaliados o posicionamento durante o período observado (quadrupedal ou em decúbito), período de alimentação, freqüência de ingestão de água, movimentação durante o período de ordenha, e ócio. O tempo médio dispensado pelos animais para exercer cada atividade avaliada foi transformado em percentual do tempo total de observação por dia. Em relação ao posicionamento, observouse que em ambos os grupos os animais mantiveramse a maior parte do tempo em posição quadrupedal. Todavia, observou-se que os animais com dermatite digital permaneceram 53,7% do tempo em comparação a 64,2% dos animais saudáveis. Durante o período em que os animais permaneceram na posição quadrupedal, observaram-se no GI que 23,1% do tempo foi dedicado a alimentação, 25,4% ao período de ordenha, 4,3% aos movimentos de ruminação, 1,6 % dispensados á ingestão de água e 9,8% ao ócio. Durante o decúbito, 8,2% foram dispensados à ruminação e 27,6% ao ócio. No GII, durante o período em que os animais permaneceram em posição quadrupedal, 16,9% foram dispensados para alimentação, 25,4% ao período de ordenha, 3,9% aos movimentos de ruminação, 1,3% à ingestão de água e 6,2% ao ócio. Durante o decúbito, 5,1% do tempo foi dispensado à ruminação e em 41,2% não realizaram qualquer atividade, das avaliadas no estudo. Sete dos 10 animais alocados nesse grupo esboçaram sinais de desconforto, como claudicação, escoiceamento e lambedura freqüente das lesões digitais. Os parâmetros avaliados sofreram variação no período do dia em relação aos grupos e aos próprios animais. De acordo com as condições em que foi desenvolvido o estudo, concluiu-se que o aumento do tempo de decúbito no GII pode ser atribuído ao desconforto desencadeado pelas lesões, situação que inevitavelmente compromete a produtividade.Downloads
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Published
2008-02-12
How to Cite
L.A.F., SILVA, RABELO, R.E., BARBOSA, V.T., SILVA, A.C.S., LIMA, C.R.O., LIMA, I.R., RAMOS, A.L., GUIMAR C.O., FRANCO, L.G., ABUD, L.J., and MARTINS, L.R. 2008. “COMPORTAMENTO DE VACAS MESTIÇAS HOLANDÊS X ZEBU, PORTADORAS DE DOENÇAS DIGITAIS, EM SISTEMA INTENSIVO (RESULTADOS PARCIAIS)”. Veterinária Notícias 12 (2). Uberlândia, Brazil. https://seer.ufu.br/index.php/vetnot/article/view/18701.
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