OS CURSOS DE GEOGRAFIA DA UFMG E UFU: CIÊNCIA E MODERNIDADE NA FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.14393/REG-v6-2015-80147Palavras-chave:
Ensino Superior, Cursos de Graduação em Geografia, UFMG, UFU, ModernidadeResumo
O papel desempenhado pela universidade pública e os debates acerca da superação do atraso e da chegada da modernidade ao interior brasileiro sempre estiveram muito próximos. O aprimoramento da ciência e da técnica no Brasil permitiu a disseminação de uma ideologia modernizante, resultando no estímulo e na propagação dos cursos superiores tanto os de caráter mais técnico como aqueles voltados para as licenciaturas, como é o caso da Geografia.
Segundo dados disponíveis no ministério da educação, Minas Gerais apresenta uma situação peculiar em relação aos demais estados brasileiros, pois é a unidade da federação que mais possui Instituições de Ensino Superior públicas no país: um total de 68 (sessenta e oito). Compreendendo a universidade enquanto objeto técnico alocado no interior do território para introdução do projeto de modernidade na região e consequentemente para “infiltração” do capital internacional, nota-se que, a disposição deste grande número de universidades públicas garante a produção de pesquisas, financiada pelo poder público, que possibilitam o conhecimento das áreas ainda pouco exploradas de Minas Gerais. Isso dá aos agentes político-econômicos o conhecimento necessário à integração e exploração das regiões ainda pouco modernizadas do estado. Para os efeitos deste trabalho, ater-se-á sobre os cursos de Geografia de duas regiões mineiras mais especificamente, o Triângulo Mineiro e a região Centro-Oeste do estado em que estão alocados os cursos da Universidade Federal de Uberlândia – UFU e da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.
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