A importância do conhecimento sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) pelos adolescentes e a necessidade de uma abordagem que vá além das concepções biológicas
DOI:
https://doi.org/10.14393/REE-v18n12019-43346Palavras-chave:
Jovens, Educação sexual, ISTResumo
A incidência de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) é um problema de saúde pública mundial. Estatísticas apontam que 1/3 dos portadores de HIV/AIDS são jovens de 10 a 24 anos. Sendo estes os disseminadores de conhecimento para as gerações futuras, faz-se necessário investir em programas de educação sexual, visando à prevenção e melhora no quadro mundial de IST. Por meio da ação de extensão “Programa Jovem com Saúde: Universidade e escolas públicas na prevenção de IST”, este trabalho teve como objetivo levar informações a adolescentes do Ensino Médio de uma escola de São João del-Rei sobre as IST, gerar discussões visando estimular o pensamento crítico e a autonomia dos alunos acerca do tema e complementar a ação da escola na promoção de uma educação sexual de qualidade. Foram realizadas palestras e dinâmicas sobre IST, gravidez, métodos contraceptivos e sexo. As dinâmicas basearam-se em afirmativas que os adolescentes julgariam como corretas ou incorretas, prosseguidas por discussão. Os resultados mostraram um conhecimento superficial dos alunos sobre as doenças em questão, o que pode ser resultado do não aprofundamento do tema, associado ao estigma que o envolve. Conclui-se que investir em educação sexual de qualidade é o caminho para a solução deste problema.
Downloads
Referências
ALMEIDA, M. R. de C. B. de; LABRONICI, L. M. A trajetória silenciosa de pessoas portadoras do HIV contada pela história oral. Ciênc. Saúde Coletiva [online]. Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 263-274, 2007. Doi: 10.1590/S1413-81232007000100030.
BENZAKEN, A. S. et al. Community-based intervention to control STD/AIDS in the Amazon region, Brazil. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 41, n. 2, p. 118-126, 2007. Doi: 10.1590/S0034-89102007000900018
BRÊTAS, J. R. da S. et al. Conhecimento sobre DST/AIDS por estudantes adolescentes. Revista da Escola de Enfermagem da USP, São Paulo, v. 43, n. 3, p. 551-557, set. 2009, Doi: 10.1590/S0080-62342009000300008.
BRÁS, M. A. M. A sexualidade do adolescente: a perspectiva do profissional de enfermagem dos cuidados de saúde primários. 2008. 689 f. Tese (Doutorado em Ciências da Enfermagem) – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Porto, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Atenção Básica. Brasília: MS, 2012. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/pnab.pdf. Acesso em: 12 set. 2018
CODES, J. S. de. et al. Detecção de doenças sexualmente transmissíveis em ambientes clínicos e não clínicos na cidade de Salvador, Bahia, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 2, p. 325-334, 2006. Doi: 10.1590/S0102-311X2006000200010.
DELIUS, P.; GLASER, C. Sex, disease and stigma in South Africa: historical perspectives. African Journal of AIDS Research, South Africa, v. 4, n. 1, p. 29-36, 2005. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25865639. Acesso em: 12 set. 2018.
DOURADO, I. et al. Revisitando o uso do preservativo no Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 18, n. 1., p. 63-88, 2015. Doi: 10.1590/1809-4503201500050006.
FIEDLER, M. W; ARAÚJO, A.; SOUZA, M. C. C. de. A prevenção da gravidez na adolescência na visão de adolescentes. Texto & Contexto Enfermagem, Florianópolis, v. 24, n. 1, p. 30-37, jan.-mar. 2015. Doi: 10.1590/0104-07072015000130014.
FIGUEIREDO, M. C. de O.; BARROS, M. D. M de. Orientação sexual: vivências de professores da rede pública de ensino e como esse tema transversal tem sido abordado. Revista da SBEnBio, São Paulo, v. 7, p. 5.349-5.360, 2014. Disponível em: https://www.sbenbio.org.br/wordpress/wp-content/uploads/2014/11/R0290-1.pdf. Acesso em: 12 set. 2018
GERHARDT, C. R; NADER, S. S.; PEREIRA, D. N. Doenças sexualmente transmissíveis: conhecimento, atitudes e comportamento entre os adolescentes de uma escola pública. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Rio de Janeiro, v. 3, n. 12, p. 257-270, 2008. Doi: 10.5935/0034-7167.20140006.
LEITE, V. A sexualidade adolescente a partir de percepções de formuladores de políticas públicas: refletindo o ideário dos adolescentes sujeitos de direitos. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro RJ, v. 24, n. 1, p. 89-103, 2012. Doi: 10.1590/S0103-56652012000100007.
LOBATO, A. L. Panorama da saúde integral e sexualidade na adolescência. In: PADILLA, H. Saúde e sexualidade de adolescentes: construindo equidade no SUS. Brasília,DF: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde. 2017. p. 1-71.
MARTINS, L. B. M. Conhecimento, atitude e prática sobre métodos anticoncepcionais, prevenção de DST/AIDS em adolescentes de escolas públicas e privadas do município de São Paulo. 2005. 128 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/313021/1/Martins_LauraBernardiMotta_M.pdf. Acesso em: 12 set. 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico da Sífilis, v. 47, n. 35, p. 3-29, 2016. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2016/boletim-epidemiologico-de-sifilis-2016. Acesso em: 12 set. 2018.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico HIV/AIDS, v. 10, n. 1, p. 3-60, 2017. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/boletim-epidemiologico-hivaids-2017. Acesso em: 12 set. 2018
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-ist/sintomas-das-ist>. Acesso em: 29 ago. 2018.
OLIVEIRA, D. C. et al. Conhecimentos e práticas de adolescentes acerca das DST/HIV/AIDS em duas escolas públicas municipais do Rio de Janeiro. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, p. 833-841, out.-dez. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ean/v13n4/v13n4a20.pdf. Acesso em: 12 set. 2018
PCN – PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Orientação Sexual. 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/orientacao.pdf. Acesso em: 29 jun. 2018.
PIMENTA, L. A; MOMESSO, M. R; RIBEIRO, P. R. M. A quebra do espelho: sexualidade e identidade em Hamlet. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 12, n. 4, p. 2.261-2.272, 2017.
Doi: 10.21723/riaee.v12.n4.out./dez.2017.10772.
SANTOS, A. C. dos et al. A violência contra a mulher e o mito do amor romântico. Cadernos de Graduação Ciências Humanas e Sociais, Maceió, v. 2, n. 2, p. 105-120, 2014.
SANTOS, S. M. J.; RODRIGUES, J. A.; CARNEIRO, W. S. Doenças sexualmente transmissíveis: conhecimento de alunos do ensino médio. DST - Jornal Brasileiro de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Rio de Janeiro, v. 21, n. 2, p. 63-68, 2009. Doi: 10.1590/0104-07072017005100015.
SOUSA, L. B. de; PINHEIRO, A. K. B; BARROSO, M. G. T. Ser mulher portadora do HPV: uma abordagem cultural. Revista Escola Enfermagem, São Paulo SP, v. 42, n. 4, p. 737-743, 2008. Doi: 10.1590/S0080-62342008000400017.
SOUZA, M. M. et al. Programa educativo sobre sexualidade e DST: relato de experiência com um grupo de adolescentes. Revista brasileira de Enfermagem, Brasília, v. 60, n. 1, p. 102-105, 2007. Doi: 10.1590/S0034-71672007000100020.
UNITED NATIONS POPULATION FUND. Disponível em: https://www.unfpa.org/adolescent-pregnancy. Acesso em: 29 ago. 2018.
VIEIRA, P. M.; MATSUKURA, T. S. Modelos de educação sexual na escola: concepções e práticas de professores do ensino fundamental da rede pública. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 22, n. 69, p. 453-474, abr.-jun. 2017. Doi: 10.1590/s1413-24782017226923.
WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Global prevalence and incidence of selected curable sexually transmitted infections overview and estimates. Geneva: WHO, 2001. 52 p.
WILLIS, L. A. et al. Developing a motion comic for HIV/STD prevention for young people ages 15-24, Part 1: listening to your target audience. Health Communication, Atlanta GA, v. 33, n. 2, p. 212-221, 2016. Doi: 10.1080/10410236.2016.1255840.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao publicarem nesta revista, os autores concordam em manter os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.