Os indicadores de ecoeficiência de concretos contendo adições minerais
Palavras-chave:
cimento Portland, concreto, consumo de ligante, adições minerais, emissões de CO2Resumo
A produção de cimento Portland é responsável por cerca de 8% das emissões de CO2 no mundo, o que exige medidas para reduzir o consumo deste material nas novas construções. O uso de adições minerais tem sido uma alternativa para a redução do consumo de cimento nos concretos. No entanto, em diversos estudos são relatadas reduções na resistência mecânica dos concretos com a redução do consumo de cimento. Além disso, a análise da ecoeficiência dos concretos com adições tem sido pouco explorada. Este artigo compara a ecoeficiência de concretos produzidos com diferentes adições minerais, através dos indicadores intensidade de CO2 (IC) e intensidade de ligantes (IL). Foram avaliadas 332 formulações de concreto preparadas em diversos estudos disponíveis na literatura. A determinação do IC e do IL foi feita em concretos sem adição e em concretos que possuíam em sua composição as seguintes adições minerais: sílica ativa, metacaulim, cinza da casca de arroz, cinzas volantes ou fíler calcário. A IL dos concretos produzidos nos estudos consultados variou entre 3,52-18,59 (kg/m³)/MPa, enquanto a IC variou entre 3,34-18,12 (kgCO2/m³)/MPa, o que mostra que tanto os concretos de elevada, quanto os de baixa ecoeficiência, têm sido desenvolvidos. A sílica ativa, cinza de casca de arroz e cinzas volantes se mostraram como as adições de maior capacidade de reduzir a IL e a IC dos concretos. Os concretos produzidos com CP II E-32 e CP II F-40 apresentaram menor média de IL e os produzidos com CP IV-32 e CP II E-32, menor média de IC.
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