PSICOLOGIA E CUIDADOS PALIATIVOS: IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO NA UTI DE UM HOSPITAL ESCOLA

Autores

  • Valdir da Silva Júnior Universidade Federal de Uberlândia - UFU
  • Marineia Crosara de Resende Universidade Federal de Uberlândia - UFU

DOI:

https://doi.org/10.14393/PPv21n1a2017-08

Palavras-chave:

Psicologia, Cuidados Paliativos, UTI.

Resumo

Os Cuidados Paliativos (CP) visa o conforto do paciente, quando sua doença não tem cura. Os CP em UTI é uma prática recente e o objetivo desse trabalho é discorrer sobre a implantação do serviço em CP numa UTI Adulto. Esse serviço foi estruturado com a divisão da equipe em três grupos, cada um com uma tarefa: 1)definir quando incluir o paciente nos CP; 2)estabelecer melhorias na comunicação; 3)ordenar as melhores condutas com o paciente. Nos primeiros seis meses do Serviço implantado foram atendidos 25 pacientes, oito tiveram alta para enfermarias e 17 morreram na UTI, aproximadamente 72h após aderir aos CP. A implantação desse Serviço aperfeiçoou o uso de leitos do setor e proporcionou melhorias no trabalho da equipe.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Valdir da Silva Júnior, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Residente de Psicologia no Programa em Residência Multiprofissional do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.

Marineia Crosara de Resende, Universidade Federal de Uberlândia - UFU

Instituto de Psicologia

Referências

Abiven, M. (2001). Para uma Morte mais Humana

Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP). (2013). Manual de cuidados paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic.

Amorim, W. W.,& Oliveira, M. G. (2010). Cuidados no final da vida. Saúde Coletiva, 43(7), 198.

Baruzzi, A. C., & Ikeoka, D. T. (2013). Terminalidade e cuidados paliativos em terapia intensiva. Revista da Associação Médica Brasileira, 59(6), 528-530. https://doi.org/10.1016/j.ramb.2013.06.018

Bifulco, V. A., & Iochida, L. C. (2009). A formação na graduação dos profissionais de saúde e a educação para o cuidado de pacientes fora de recursos terapêuticos de cura. Revista Brasileira de Educação Médica, 33(1), 92-100. https://doi.org/10.1590/S0100-55022009000100013

Bitencourt, A. G. V., el at. (2007). Condutas de limitação terapêutica em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva. Revista brasileira de terapia intensiva, 19(2), 137-143. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2007000200001

Cardoso, D. H., Muniz, R. M., Schwartz, E.,& Arrieira, I. C. O. (2013). Cuidados paliativos na assistência hospitalar: A vivência de uma equipe multiprofissional. Texto Contexto & Enfermagem, 22(4), 1134-41. https://doi.org/10.1590/S0104-07072013000400032.

Castro, D. A. (2001). Psicologia e

Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP). Resolução nº 71 de 8 de Novembro de 1995. Diário Oficial do Estado, São Paulo, 1995.

Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. (2008). Cuidado Paliativo. São Paulo: CREMESP.

Costa Filho, R. C., Costa, J. L. F., Gutierrez, F. L. B. R., & Mesquita, A. F. (2008). Como implementar cuidados paliativos de qualidade na unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 20(1), 88-92. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2008000100014.

Ferreira,P. D., & Mendes, T. N. (2013). Família em UTI: importância do suporte Psicológico diante da iminência de morte. Revista da SBPH, 16(1), 88-112.

Ferreira, A., Lopes, L., & Melo, M. (2011). O papel do psicólogo na equipe em cuidados paliativos junto ao paciente com câncer. Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar, 14(2), 85-98.

Figueiredo M. T. A. (2006). Reflexões sobre os cuidados paliativos no Brasil. Prática Hospitalar, 8(47), 36-40.

Fonseca, S. F. A. (2012). Relatório prática clínica: Cuidados paliativos em cuidados intensivos Dissertação de Mestrado, Instituto Politécnico de Castelo Branco da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias, Castelo Branco, Portugal.

Fonseca, A. C., & Fonseca, M. J. M. (2010). Cuidados paliativos para idosos na unidade de terapia intensiva: realidade factível. Scientia Medica (Porto Alegre), 20(4), 301-309.

Forte, D. N. (2011). Associações entre as características de médicos intensivistas e a variabilidade no cuidado ao fim de vida em UTI. Tese de Doutorado, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP. https://doi.org/10.11606/t.5.2011.tde-07122011-124313.

Haberkorn, A. (2004). A Atuação Psicológica na UTI. Em W. L. Bruscato; C. Benedetti & S. R. Lopes (Orgs.), A Prática da Psicologia Hospitalar na Santa Casa de São Paulo: Novas páginas em uma Antiga História. (pp. 99-108). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Hermes, H. R., & Lamarca, I. C. A. (2013). Cuidados paliativos: uma abordagem a partir das categorias profissionais de saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 18(9), 2577-2588. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900012.

Higginson, I. J., & Evans, C. J. (2010). What is the evidence that palliative care teams improve outcomes for cancer patients and their families. The Cancer Journal, 16(5), 423-35. https://doi.org/10.1097/PPO.0b013e3181f684e5.

Inácio, A. C., Vollman, D. D., Langaro, F., & Silva, M. C. C. O. (2015). Psicologia e Cuidados Paliativos em UTI neonatal. Revista Interdisciplinar de Estudos em Saúde, 4(2). Retirado de http://www.periodicosuniarp.com.br/ries/article/view/715.

Kluber-Ross E. (1998). A Roda da vida (5a. ed.). Rio de Janeiro: Sextante.

Kovács, M. J. (2014). A caminho da morte com dignidade no século XXI. Revista Bioética, 22(1), 94-104. https://doi.org/10.1590/S1983-80422014000100011.

Lazzari, D. D., Schmidt, N., & Jung, W. (2012). Educação continuada em unidade de terapia intensiva na percepção de enfermeiras. Revista de Enfermagem da UFSM, 2(1):88-96.

Maciel M. G. S. (2006). A terminalidade da vida e os cuidados paliativos no Brasil: considerações e perspectivas. Prática Hospitalar, 7(47), 46-49.

Maluf, A. C. M., Silva, L., Paganine, M. C., Padilha, K. G., & Gandolpho, M. A.(2008). Uma leitura bioética sobre cuidados paliativos: caracterização da produção científica sobre o tema. Bioethikos, 2(1), 99-104.

Martins, B. C. P. C. C. (2016). Cuidados Paliativos para pacientes em estado terminal em Unidades de Terapia Intensiva, Revisão Sistemática e Metanálise. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Botucatu, SP.

Martinho, A. R., Pilha, L., & Sapeta, P. (2015). Competências do psicólogo em cuidados paliativos. Retirado dehttp://repositorio.ipcb.pt/bitstream/1/RSL%20repositorio.pdf

Matos, E., Pires D. E. P., & Gelbcke, F. L. (2012). Implicações da interdisciplinaridade na organização do trabalho da enfermagem: estudo em equipe de cuidados paliativos. Revista Eletrônica de Enfermagem 14(2), 230-239. https://doi.org/10.5216/ree.v14i2.13237.

Melo, A. C., Valero, F. F., & M, Menezes. (2013). A intervenção psicológica em cuidados paliativos. Psicologia, Saúde & Doenças, 14(3), 452-469.

Moritz, R. D. (2008). Terminalidade e Cuidados na unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 20(4), 422-428. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2008000400016.

Nascimento L. C., Oliveira F. C. S., Moreno M. F., & Silva F. M. (2010). Cuidado espiritual: componente essencial da prática da enfermeira pediátrica na oncologia. Acta Paulista de Enfermagem, 23(3), 437-40. https://doi.org/10.1590/S0103-21002010000300021.

Nunes, L. V. (2009). Papel do psicólogo na equipe de cuidados paliativos. IN: ANCP. Manual de cuidados paliativos. Rio de Janeiro: Diagraphic.

Oliveira, E. A., Santos, M. A., & Mastropietro, A. P.(2010). Apoio psicológico na terminalidade: ensinamentos para a vida. Psicologia em Estudo, 15(2), 235-44. https://doi.org/10.1590/S1413-73722010000200002.

Oliveira, A. C., & Silva, M. J. P. (2010). Autonomia em cuidados paliativos: conceitos e percepções de uma equipe de saúde. Acta paulista de enfermagem, 23(2),212-17. https://doi.org/10.1590/S0103-21002010000200010.

Paiva, F. C. L., Almeida Júnior, J. J., & Damásio, A. C. (2014).

Pessini, L. (2016). Vida e morte na UTI: a ética no fio da navalha. Revista Bioética, 24(1), 54-63. https://doi.org/10.1590/1983-80422016241106.

Portaria n° 19/ GM de 03 de janeiro de 2002. Institui no Sistema

Pregnolatto, A. P. F., & Agostinho, V. B. M. (2003). O Psicólogo na Unidade de Terapia Intensiva

Rezende, L. C. S., Gomes, C. S., & Machado, M. E. C. (2014). A finitude da vida e o papel do psicólogo: perspectivas em cuidados paliativos. Revista Psicologia e Saúde, 6(1), 28-36.

Ribeiro, E. E. (2008). Tanatologia: vida e finitude. Rio de Janeiro: Unati.

Simonetti, A. (2011). Manual de Psicologia Hospitalar. O Mapa da Doença. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Silva, C. F., Souza, D. M., Pedreira, L. C., Santos, M. R., & Faustino, T. N. (2013). Concepções da equipe multiprofissional sobre a implementação dos cuidados paliativos na unidade de terapia intensiva. Ciência & Saúde Coletiva, 18(9), 2597-2604. https://doi.org/10.1590/S1413-81232013000900014.

Silva, F. S., Pachemshy, L. R., & Rodrigues, I. G. (2009). Percepção de enfermeiros intensivistas sobre distanásia em unidade de terapia intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 21(2), 1982-4335. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2009000200006.

Silva, D. I. S., & Silveira D. T. (2015). Cuidados paliativos: desafio para a gestão e políticas em saúde. Revista Eletrônica Gestão &Saúde,6(1),501-513.

Soares, M. (2007). Cuidando da Família de Pacientes em Situação de Terminalidade Internados na Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, 19(4), 481-484. https://doi.org/10.1590/S0103-507X2007000400013.

Sousa, A. T. O., França, J. R. F. S., Santos, M. F. O., Costa, S. F. G., & Souto, C. M. R. M. (2010). Cuidados paliativos com pacientes terminais: um enfoque na Bioética Cuidados paliativos. Revista Cubana de Enfermerìa, 26(3), 117-129.

Sousa, K. C., & Carpigiani, B. (2010). Ditos, não ditos e entreditos: a comunicação em cuidados paliativos. Psicologia: teoria e prática, 12(1), 1516-3687.

The Support principal investigators: a controlled trial to improve care for seriously ill hospitalized patients (1995). JAMA, 274(20), 1591- 1598.

Twycross, R. (2003). Introducing palliative care (4a. ed). Oxford: Radcliffe Medical Press.

Waterkemper, R., & Reibnitz K. S. (2010). Cuidados paliativos: a avaliação da dor na percepção de enfermeiras. Revista Gaúcha de Enfermagem, 31(1), 84-91. https://doi.org/10.1590/S1983-14472010000100012.

World Health Organization (2002). Definição de cuidados paliativos. Retirado de http://www.who.int/cancer/palliative/definition/en/

World Health Organization. (1990). Cancer Pain Relief and Palliative Care: report of a WHO Expert Committee. Geneva: World Health Organization. Retirado de http://apps.who.int/iris/bitstream/10665/39524/1/WHO_TRS_804.pdf.

Downloads

Publicado

2017-06-26

Como Citar

Silva Júnior, V. da, & Resende, M. C. de. (2017). PSICOLOGIA E CUIDADOS PALIATIVOS: IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO NA UTI DE UM HOSPITAL ESCOLA. Perspectivas Em Psicologia, 21(1). https://doi.org/10.14393/PPv21n1a2017-08