The World Inside Out

The Grotesque in Cecília Meireles’ Espectros

Authors

DOI:

https://doi.org/10.14393/LL63-v40-2024-14%20

Keywords:

Grotesque, Cecília Meireles, Espectros, Witches

Abstract

This article presents an analysis of the poem “Sortilégio”, from Espectros (1919), Cecília Meireles’ inaugural work, considering aspects of the aesthetic category of the grotesque in the figure of the old witch. The old witch in “Sortilégio” is a character that transcends the limits of convention, challenging traditional notions of beauty and behavior. She personifies marginality and subversion, breaking with established social expectations. The grotesque, as an aesthetic style, stands out for merging disparate elements, resulting in an aesthetic that causes strangeness and discomfort (Kayser, 2003). Based on the works of Montaigne (2010), Baudelaire (1991) and Victor Hugo (1988), this article proposes a reading of an often-overlooked theme in Cecilia’s lyrics, namely, the presence, even if ephemeral, of the grotesque in her debut book.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Sheila Dálio, UNESP

Doutora em Letras pela UNESP, Faculdade de Ciências e Letras de Assis

References

ECO, Umberto. História da feiura. Tradução de Eliana Aguiar. Rio de Janeiro: Record, 2015.

BAUDELAIRE, Charles. Escritos sobre arte. Organização e tradução Plínio Augusto Coelho. São Paulo: Imaginário: Editora da Universidade de São Paulo.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1995.

DELUMEAU, Jean. História do medo no ocidente: 1300-1800, uma cidade sitiada. Tradução de Maria Lucia Machado; Tradução das notas: Heloísa Jahn. São Paulo: Editora Schwarcz, 1996.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017.

HUGO, Victor. Do grotesco e do sublime. Tradução de Célia Berrentini. São Paulo: Perspectiva, 1988.

JUNG, Carl Gustav. O homem e seus símbolos. Tradução de Maria Lúcia Pinho. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

KAYSER, Wolfgang. O grotesco. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo: Perspectiva, 2003.

KOBLER, Florian; MURR, Kathrin (org.). O livro dos símbolos. Reflexões sobre imagens arquetípicas. Colônia, Alemanha: Taschen, 2012.

MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1958.

MEIRELES, Cecília. Poesia completa. São Paulo: Global, 2017. Vol. 1.

MINOIS, Georges. História do riso e do escárnio. Tradução de Maria Helena O. Ortiz Assumpção. São Paulo: Editora UNESP, 2003.

MONTAIGNE, M. Os Ensaios (Livro III, cap. XI). Tradução de Rosa Freire D’Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

OVÍDIO. Metamorfoses. Edição bilíngue. Tradução, introdução e notas de Domingos Lucas Dias, apresentação de João Ângelo Oliva Neto. São Paulo: Editora 34, 2017.

RABELAIS, François. Pantagruel e Gargântua. In: RABELAIS, François. Obras completas de François Rabelais – 1). Organização, tradução, apresentação e notas de Guilherme Gontijo Flores, ilustrações de Gustave Doré. São Paulo: Editora 34, pp. 53 – 165, 2021.

RUSSO, Mary. O grotesco feminino: risco, excesso e modernidade. Tradução de Talita M. Rodrigues. Rio de Janeiro: Rocco, 2000.

SANTOS, Fabiano Rodrigo da Silva. Lira dissonante: o Grotesco na lírica romântica brasileira-Considerações sobre aspectos do grotesco na poesia de Bernardo Guimarães e Cruz e Sousa. Araraquara: UNESP, 2009. https://doi.org/10.7476/9788579830266

SHAKESPEARE, William. A tragédia de Macbeth. Edição bilíngue. Tradução de Rafael Raffaeli. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2016.

SHAKESPEARE, William. O rei Lear. Tradução de Millôr Fernandes. São Paulo: Editora L&PM, 1997.

SODRÉ, Muniz; PAIVA, Raquel. O império do grotesco. Rio de Janeiro: MAUAD, 1994.

Published

2024-09-24

How to Cite

DÁLIO, S. The World Inside Out: The Grotesque in Cecília Meireles’ Espectros. Letras & Letras, Uberlândia, v. 40, n. único, p. e4014 | p. 1–20, 2024. DOI: 10.14393/LL63-v40-2024-14 . Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/71366. Acesso em: 18 nov. 2024.