Crenças e Atitudes Linguísticas: o que pensam os alunos de Letras sobre o ensino de Língua Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL62-v31n2a2015-4Keywords:
Variação Linguística, Crenças e Atitudes Linguísticas, Formação de Professor, Ensino de Língua Portuguesa.Abstract
O estudo da Língua Portuguesa, em geral, ainda se ancora nos modelos normativos e metalinguísticos da gramática tradicional, pouco ajudando o aluno a desenvolver uma reflexão sobre a língua e suas estruturas. Tal panorama constitui um desafio a ser superado no processo de formação de professores. O ensino de Língua Portuguesa deve ter como parâmetro uma concepção que privilegie, no processo de aquisição, o aprimoramento da língua materna, a história, o sujeito e o contexto, deixando de ser somente o repasse de regras ou mera nomenclatura da gramática tradicional, para oportunizar atividades escolares mais próximas das práticas sociais letradas e cidadãs, o que, aliás, deve ser também o foco da formação de professores. Em tempos de inclusão social, a variação linguística insere-se nos conteúdos da disciplina de língua portuguesa na escola, com o objetivo de colocar em evidência os vários usos da linguagem, bem como a diversidade cultural existente nos diferentes grupos, espaços e regiões. Assim sendo, este trabalho buscou verificar quais são as crenças do aluno de Letras - valoração positiva ou negativa, segundo os estudos de Crenças e Atitudes Linguísticas - quanto ao processo de ensino-aprendizagem da língua materna na escola. Para tal intento, utilizou-se a técnica do questionário, com sete questões abertas, uma vez que a pesquisa é de natureza qualitativa e não quantitativa. Participaram da pesquisa dezenove informantes, acadêmicos formandos do curso de Letras de uma universidade pública do Paraná. Os resultados apontaram que as crenças dos informantes são negativas em relação ao ensino de língua portuguesa na escola e que há certa estigmatização quanto ao estudo da variação linguística.
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