Educação crítica, decolonialidade e educação linguística no Brasil e no México
Questões epistemológicas e metodológicas traçadas por um paradigma-outro
DOI:
https://doi.org/10.14393/LL63-v35nEsp2019-1Palavras-chave:
Epistemologias, Decolonialidade, Linguística Aplicada, Linguagem, EducaçãoResumo
Neste texto trato das epistemologias e dos quadros analíticos mobilizados para compreender as relações entre sujeitos e práticas de linguagem no complexo cenário da educação linguística da contemporaneidade. Assim, problematizo o modo de produzir conhecimento e experienciá-lo no contexto da modernidade/colonialidade(MALDONADO TORRES 2007; GÓMEZ QUINTERO, 2010; GROSFOGUEL, 2006 e CASTRO GÓMEZ, 2007) e, posteriormente, conforme uma perspectiva crítica e decolonial (ARGÜELLO PARRA, 2015), discuto como enfrentar a lógica da epistemologia racional ocidental, considerando coordenadas traçadas por um “paradigma-outro de pensamento (MIGNOLO, 2003, p. 20) no contexto de colonialidade global. Por fim, para contribuir em instaurar um debate em torno das possibilidades epistêmicas outras e reafirmar a busca por uma pesquisa mais comprometida ética e historicamente no cenário brasileiro e mexicano, apresento investigações e ações realizadas, enfatizando esse locus enunciativo, a singularidade dos sujeitos e as práticas de linguagem materializadas nos amplos espaços sociais interacionais contemporâneos em que se inscrevem.
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