OS EXTREMOS TERMO-HIGROMÉTRICOS E OS REGISTROS DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM CAMPO GRANDE-MS
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia17058046Palavras-chave:
Extremos termo-higrométricos, Doenças respiratórias, Campo GrandeResumo
O conhecimento do clima local constitui um importante fator para o estudo do ambiente, bem como a busca de melhor qualidade de vida para a população. Complementando esta ideia, a literatura tem demonstrado que algumas variáveis climáticas, tais como os extremos de temperatura e umidade relativa do ar, podem influenciar na ocorrência de algumas doenças, denominadas doenças sensíveis ao clima (DSC). Neste sentido, o presente estudo tem o objetivo de correlacionar os extremos termo-higrométricos e os registros de doenças respiratórias em Campo Grande-MS. Para atingir o objetivo proposto foram utilizados os dados da Estação Meteorológica de Campo Grande, pertencente a rede de estações do Instituto Nacional de Meteorologia. Foram utilizados, também, os registros de doenças respiratórias disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS. De posse destes dados, os mesmos foram tabulados, classificados e, a partir daí, feita a correlação dos dados utilizando o coeficiente de correlação linear de Pearson. Como resultados, foi possível observar uma correlação, tanto positiva como negativa, dos extremos termo-higrométricos e as doenças respiratórias em Campo Grande-MS, sobretudo nos dados compilados de toda a série histórica (2002-2017) e no ano que ocorreu o maior número de óbitos (2016), apresentando índices de correlação mais próximos de 1 ou -1. Diante dos resultados obtidos, a presente pesquisa serve de base para as diversas áreas do conhecimento que necessitam destas informações para aprimoramento científico, bem como para nortear políticas públicas de saúde que busquem a melhoria do bem-estar social e ambiental da população.