VARREDURA ESPACIAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO EPIDÊMICO E FATORES ASSOCIADOS A DENGUE: EXPERIÊNCIA EM BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS
DOI:
https://doi.org/10.14393/Hygeia17057163Palavras-chave:
Arbovirose, Análise espacial, Vigilância epidemiológicaResumo
Objetivo: Apresentar a varredura espacial como instrumento para identificar clusters de dengue e fatores associados à epidemias em Belo Horizonte/MG. Métodos: Estudo ecológico, com casos de dengue notificados entre 2007 e 2010. Para identificação de clusters utilizou-se a estatística de varredura espacial Scan. A regressão logística investigou a associação entre clusters e o índice de infestação predial (IIP), proporção de imóveis verticalizados (PIV), densidade de ovos de Ae. aegypti (DO), cobertura de visitas de agentes de endemia e densidade populacional. Resultados: Ocorreram 76.592 casos de dengue e identificados 5 clusters por período: em 2007/2008 os agregados concentraram 30% da população e 67% dos casos; 2008/2009 agruparam 13% da população e 60% dos casos e em 2009/2010 concentraram 34% da população e 62% dos casos. Houve associação com IIP em 2007/2008 (OR=5,0; p<0,01) e alta DO em 2008/2009 (OR=8,4; p=0,01) e 2009/2010 (OR=9,5; p<0,01). Conclusão: A associação dos clusters aos indicadores operacionais revela a importância da utilização, por parte dos serviços de saúde, de estratégias de monitoramento entomológico que, associadas a varredura especial, podem contribuir no fortalecimento da vigilância territorializada da dengue para a determinação de áreas de risco e o planejamento de intervenções mais oportunas.